Procon-MG multa Americanas em R$ 11 milhões por danos coletivos aos consumidores

Economia

Procon-MG multa Americanas em R$ 11 milhões por danos coletivos aos consumidores

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Imagem: ilustração/Agência Brasil

O Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), multou em R$ 11 milhões a Americanas S/A por descumprir ofertas, cancelar compras e não entregar produtos adquiridos por consumidores em seu site de vendas. O revés é mais uma pedra do caminho do grupo envolvido em uma escândalo financeiro que o levou para a recuperação judicial e à declaração de uma dívida de mais de R$ 41 bilhões.

Somente um levantamento do portal ReclameAqui.com apontou 445 reclamações, de 04 de janeiro de 2020 a 04 de janeiro de 2022, de consumidores mineiros sobre o descumprimento de ofertas pela empresa e seus parceiros e sobre a indisponibilidade de estoque de produtos vendidos no site da Americanas S/A.

Ao agir nesse sentido, de forma recorrente, o Procon-MG entendeu que a empresa tem lesado a coletividade e, por isso, aplicou a multa istrativa.

A medida foi tomada, conforme a decisão do órgão do MPMG, para evitar reiteração de infrações futuras e para preservar o funcionamento normal do mercado consumidor, de acordo com o que está previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A apuração das infrações começou com a representação de um consumidor que comprou no site da Americanas S/A uma geladeira, mas teve a compra cancelada e o valor reembolsado sob a alegação de que o produto ofertado não constaria em estoque.

Segundo o artigo 35 do CDC, se o fornecedor de produtos recusar cumprir a oferta, o consumidor poderá: exigir o cumprimento forçado da obrigação, aceitar outro produto equivalente, entre outras coisas. Com base na reclamação desse consumidor, o Procon-MG apurou que esse tipo de infração estava ocorrendo de forma recorrente pela Americanas S/A e por seus parceiros.

De acordo com o promotor de Justiça Fernando Abreu, que analisou o caso e aplicou a multa, ao não ter o produto em estoque, a empresa comete infração e lesa o consumidor.

“Esse tipo de infração tem ocorrido repetidamente no mercado por grandes empresas que, em vez de tomar medidas para evitá-la, preferem pagar eventual indenização ao consumidor, pois o valor da sanção seria menos onerosa a empresa do que criar mecanismos para o cumprimento do CDC”, afirmou o representante do MPMG.

Com informações da Assessoria de Comunicação do MPMG


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Economia

Cesta básica em Pouso Alegre tem maior queda do ano em junho

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Imagem: Agência Brasil/Ilustração

A cesta básica em Pouso Alegre registrou, em junho, a maior queda mensal de 2025, com redução de 2,84% em relação a maio. O recuo foi puxado pela queda nos preços de alimentos como batata, banana e arroz, enquanto o açúcar refinado foi o único produto com alta significativa – confira a variação dos preços na tabela abaixo.

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A pesquisa, realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas e Faculdade Unis, revela que o valor atual da cesta é de R$ 701,14, equivalente a quase metade do salário mínimo líquido.

No acumulado do ano, a queda no preço dos alimentos é de 0,69%. Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação dos alimentos segue com alta de 3,17%.

Confira a variação do preço dos alimentos no mês de junho:

Produto Variação em Junho/2025
Batata -25,80%
Banana -6,53%
Arroz -4,00%
Farinha de trigo -3,81%
Óleo de soja -3,76%
Feijão carioquinha -3,63%
Leite integral -3,37%
Pão francês -3,01%
Tomate -1,31%
Café em pó -0,83%
Açúcar refinado +5,13%
Manteiga +0,63%
Carne bovina +0,02%

Variação mensal da inflação ao longo de 2025:

Mês/Ano Valor da Cesta (R$) Variação Mensal Inflação Acumulada*
Janeiro 706,02 +3,02% +3,02%
Fevereiro 698,60 -1,05% +1,92%
Março 703,88 +0,76% +2,69%
Abril 727,16 +3,31% +6,13%
Maio 721,60 -0,76% +5,32%
Junho 701,14 -2,84% -0,69%

*Cálculo acumulado desde janeiro/2025 | Fonte: IFSULDEMINAS/UNIS

Queda generalizada nos preços

Dos 13 produtos analisados, 10 tiveram redução nos preços. A batata liderou o recuo, com queda de 25,80%, seguida por banana (-6,53%) e arroz (-4%). “O início da colheita da safra de inverno aumentou a oferta de batata, enquanto a produção elevada de banana contribuiu para a queda nos preços”, explicam os pesquisadores. Outros itens, como farinha de trigo, óleo de soja e feijão carioquinha, também tiveram reduções acima de 3%.

Em contraste, o açúcar refinado subiu 5,13%, mesmo com o avanço da colheita da cana-de-açúcar. “A oferta ainda não é suficiente para influenciar os preços dos derivados”, destacou o relatório. Manteiga e carne bovina também registraram altas, mas insignificantes (0,63% e 0,02%, respectivamente).

Impacto no bolso do trabalhador

O valor da cesta básica em Pouso Alegre corresponde a 49,93% do salário mínimo líquido, exigindo 101 horas e 37 minutos de trabalho mensal para sua aquisição. Comparado à linha de pobreza (R$ 218 per capita), o custo da cesta está 3,22 vezes acima desse patamar.

Segundo a pesquisa mais recente do Dieese, entre as capitais, São Paulo tem a cesta mais cara (R$ 896,15), enquanto Aracaju tem a mais barata (R$579,54). Na região, Carmo de Minas registrou valor superior (R$ 756,16), e Varginha, menor (R$680,59).

Expectativas para os próximos meses

Os pesquisadores projetam que a tendência de queda deve continuar, mas em ritmo menor. “O clima e a dinâmica de oferta, especialmente de hortifrutigranjeiros, carne bovina e leite, serão decisivos”, afirmam. O frio intenso pode reduzir a disponibilidade de alguns produtos e pressionar os preços.

A pesquisa é realizada mensalmente pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e Faculdade Unis, com apoio do GEESUL. Os dados completos estão disponíveis no relatório divulgado nesta terça-feira, 10 de junho de 2025 (clique aqui).

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Economia

Indústria de cabos anuncia fábrica e prevê faturamento de R$ 2 bilhões em PA

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Imagem: divulgação

A Cordeiro Cabos Elétricos, uma das maiores importadoras de Santa Catarina, anunciou a instalação de uma nova fábrica em Pouso Alegre, com investimento de R$ 60 milhões. A unidade, que deve começar a operar no primeiro semestre de 2026, promete gerar 50 empregos diretos inicialmente e atingir faturamento anual de R$ 2 bilhões.

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A decisão foi formalizada em reunião com o prefeito Coronel Dimas (Republicanos) e o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Carlos Costa. A fábrica, que será localizada no Distrito Industrial, produzirá fios e cabos elétricos, com potencial de expansão em uma segunda fase.

Parceria e logística foram decisivas

“Esse anúncio é muito importante, porque se trata de uma fábrica que produzirá cabos elétricos e será uma das maiores fornecedoras da CEMIG, e representa uma diversificação do parque industrial da cidade e contribuirá para o aumento da arrecadação do município”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Carlos Costa.

Representantes da Cordeiro Cabos se reuniram com o prefeito Cel. Dimas e seu secretário de Des. Econômico na última terça (27) – Foto: Ascom/PMPA

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Economia

Mais um atacarejo a caminho: Economart anuncia unidade em Pouso Alegre

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Imagem: divulgação/ Economart

A rede Economart Atacadista anunciou a abertura de uma nova unidade em Pouso Alegre, intensificando a concorrência no aquecido mercado de atacado e varejo da cidade. O anúncio ocorreu durante a inauguração da nova unidade do grupo na cidade de Contagem, na última quarta-feira (21).

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Mercado em crescimento

Pouso Alegre, que já conta com redes como MartMinas, Bretas, ABC e Mineirão, além do futuro Villefort, consolida-se como polo regional de consumo. A cidade ostenta a maior taxa de crescimento populacional do Sul de Minas e é a segunda economia da região.

A unidade de Pouso Alegre será a décima da Economart em Minas e a 16ª do país – a rede possui outras seis na Bahia. A previsão é que a unidade pouso-alegrense comece a operar ainda este ano.

Expansão acelerada

Em linha com a explosão de atacarejos em todo o país, desde sua primeira loja em 2017, a Economart não parou de crescer. Até dezembro, além da unidade de Pouso Alegre, o grupo deve abrir outras duas lojas: em Santo Antônio de Jesus e Itabuna (BA).

Imagem: divulgação/Economart

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