Aprovada proposta que permite clube de tiro a menos 1 quilômetro de escolas em PA

Política

Aprovada proposta que permite clube de tiro a menos 1 quilômetro de escolas em PA

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Imagem: Agência Brasil/Ilustração

Proposta aprovada a toque de caixa na Câmara de Pouso Alegre é de autoria da Prefeitura e contraria decreto federal de julho que determinou clubes de tiro a mais de 1 quilômetro das escolas

A toque de caixa, avançou e foi aprovado em única votação na noite desta terça-feira, 10, na Câmara de Pouso Alegre (MG) um projeto de lei que permite clubes de tiro a menos de um quilômetro de escolas do município.

A proposta, aprovada por 13 votos a 1, é de autoria da Prefeitura e deu entrada na Câmara nesta segunda-feira, 09. Em menos de 24 horas, o projeto recebeu parecer favorável do jurídico e das comissões permanentes da Casa.

O projeto de lei contraria decreto federal de julho deste ano que estabeleceu que os clubes de tiro devem ficar a pelo menos 1 quilômetro de distância das escolas. A medida integrou um conjunto de medidas que trouxe nova regulamentação para esse tipo de estabelecimento.

Além de integrar eixos da plataforma eleitoral do então candidato Lula (PT) em 2022, o decreto veio na esteira de uma série de massacres a escolas que chocaram o país no primeiro semestre do ano.

Na justificativa do projeto de lei, a Prefeitura defende que compete “ao Poder Público Municipal a política de ocupação e desenvolvimento urbano” e defende que já há outras regulamentações que assegurariam a segurança desse tipo de estabelecimentos. “Entidades e clubes de tiro são espaços fechados, sem o visual interno a partir do exterior, e dotados de equipamentos de segurança aprovados pelo Exército Brasileiro. Além disso, o o ao clube é apenas para os frequentadores, que são identificados e habilitados”.

Outro argumento utilizado pela Prefeitura é que a prática de tiro se trata de um esporte e deve ser incentivada.

Proposta beneficia clube de tiro que fica a 300 metros de escola

A proposta aprovada na Câmara foi feita sob medida para beneficiar um clube de tiro que fica à cerca de 300 metros de uma escola infantil, no bairro Árvore Grande.

CACs e pessoas ligadas ao clube de tiro acompanharam a sessão desta terça-feira, 10 | Imagem: reprodução TV Câmara

O R24 questionou um dos vereadores que ajudaram a proposta a avançar na Câmara, o vereador Igor Tavares (PSDB), sobre o porque da pressa para aprová-la. Ele contou que a proposta chegou até ele por meio de representantes do clube de tiros e de forças policiais.

“É uma manifestação contrária a esse decreto federal no sentido de viabilizar o funcionamento de um clube de tiro que já funciona na cidade, mas de outros que estejam sujeitos a ter uma escola ou outra instituição de ensino dentro do raio de um quilômetro”, pontuou o vereador, defendendo que é do município a competência de legislar sobre a localização dos clubes de tiro.

Sobre a urgência da votação e a ausência de uma audiência pública para debater o tema, o parlamentar justificou que organizou uma reunião nesta segunda-feira. “Ontem teve uma reunião em que todos vereadores foram convidados, onde não houve iniciativa de nenhum nem do autor do projeto em solicitar essa audiência pública, por não verem esse risco, em especial após escutar a fala das autoridades e proprietários do clube, ali presentes”, prosseguiu.

Ao R24 o vereador ainda argumentou que não existe qualquer pesquisa que indique correlação entre a proximidade dos clubes de tiros e tiroteios em escolas. “Isso daí é um negacionismo. Não existe evidência científica apontando isso. Pelo contrário, ao estudar mais o tema, percebi que a vizinhança fica inclusive mais segura já que nesse clube de tiro existe parceria com a Polícia Militar, Civil e Rodoviária para treinamento”, discorreu.

Já o líder do governo na Câmara, Reverendo Dionísio (União) defendeu que a empresa não poderia ficar no prejuízo: “Eu vejo esse projeto, em primeiro lugar, como uma questão de fazer justiça a uma empresa que está no município há um bom tempo, que, de repente, por causa de um decreto federal, a empresa ia tomar um prejuízo que eu julgo que seria uma injustiça obrigar a empresa a sair de um lugar onde ela já está estabelecida legalmente”.

Também segundo o líder do governo, o clube de tiro é importante por oferecer espaço para as forças de segurança treinarem.

Único vereador a votar contra, o vereador Hélio Carlos (MDB) disse que a matéria contrariava seus princípios e alegou que ainda que o projeto vire lei, esta não poderá se sobrepor a um decreto federal. O parlamentar ainda questionou por que proposta de grupos de interesse avançam com tanta rapidez na Casa, enquanto demandas mais urgentes para o conjunto da população permanecem sem solução.

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Cotidiano

Vereador investigado por suposto abuso da filha é cassado no Sul de Minas

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O vereador Evandro L. Guimarães (PL) | Imagem: reprodução de redes sociais

A Câmara Municipal de Três Corações (MG) cassou, nesta quarta-feira (4), o mandato do vereador Evandro Ladeia Guimarães (PL), investigado por suposto abuso sexual contra a filha, de 14 anos. A decisão foi tomada em sessão extraordinária, com nove votos a favor, dois contra e duas abstenções.

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A defesa do parlamentar anunciou que recorrerá da decisão na Justiça, onde já tramitam ações contra o processo de cassação. Durante a sessão, iniciada às 14h30, a plateia presente no plenário precisou ser esvaziada para a leitura do relatório da comissão processante, que continha detalhes sigilosos por envolver menores de idade e detalhes do inquérito policial, que corre em segredo de justiça.

Polícia sugeriu arquivamento, mas cassação prevaleceu

No meio da votação, um documento da Polícia Civil indicou que o inquérito não encontrou provas suficientes para indiciar o vereador. O delegado Edgar Polo Sardinha, responsável pelo caso, confirmou a recomendação de arquivamento ao Ministério Público. Alguns vereadores usaram o argumento para justificar votos contrários ou abstenções.

Eleito com 1.214 votos em 2024, Evandro Guimarães era o parlamentar mais votado da cidade. A cassação, no entanto, põe fim ao mandato em meio à polêmica que começou em março.

Caso teve início durante o Carnaval

A investigação começou após a mãe da adolescente registrar um boletim de ocorrência em 6 de março. Ela acusou o vereador de tocar as partes íntimas da filha no dia 1º, durante uma viagem a Bom Sucesso (MG). A Polícia Civil pediu uma medida protetiva, e a Câmara criou uma comissão para apurar a conduta do parlamentar.

Na época, Guimarães negou as acusações, classificando-as como “absurdas”. Alegando que jamais cometeria um ato ‘monstruoso como esse, ainda mais contra minha filha’, afirmou. Ele disse confiar na Justiça e prometeu provar sua inocência.

O vereador alega também que a denúncia que orientou seu processo de cassação é fruto de crime, já que foi baseada em um documento rasurado, vazado de um processo que corria sob sigilo.

A Casa Legislativa emitiu uma nota repudiando “toda forma de violência” e se comprometeu a acompanhar o caso. Agora, com a cassação, os efeitos políticos do caso também deve parar na Justiça

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Brasil

Aceno ao ex-presidente: Zema defende indulto a Bolsonaro e relativiza ditadura

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Imagem: Gil Leonard/Imprensa MG

Ainda correndo por fora para se cacifar à disputa pela presidência da República em 2026, e em busca do espólio eleitoral de Bolsonaro, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), deu novas declarações polêmicas nesta quarta-feira, 04.

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O político afirmou que consideraria conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se for eleito presidente em 2026. As falas, dadas em entrevista à Folha de S. Paulo, incluem ainda questionamentos sobre a classificação do regime militar (1964-1985) como ditadura.

Zema justificou a possibilidade do indulto com um argumento conciliador. “Quando você está fazendo política e só procura atacar, diminuir seus adversários, acho que isso prejudica muito o andamento da gestão”, disse. O ex-presidente responde a processos no STF por tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Sobre o período militar, o governador evitou uma definição clara. “Não foi concedido indulto a assassinos e sequestradores durante o que eles chamam de ‘ditadura’?”, declarou. Questionado sobre sua interpretação do regime, respondeu: “Acho que tudo é questão de interpretação”.

Pressionado mais uma vez a dar sua interpretação a respeito do regime militar, Zema tergiversou. “Eu prefiro não responder, porque acho que há interpretações distintas. E houve terroristas naquela época? Houve também. Então fica aí. Acho que os historiadores é que têm de debater isso. Eu preciso me preocupar, hoje, com Minas Gerais”, prosseguiu.

O esforço do mineiro para se viabilizar como candidato à presidência é visto com descrença no meio político. Nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estão bem à frente de Zema, seja nas pesquisas de intenção de votos, seja nas costurar políticas.

Há ainda a questionável disposição de Bolsonaro em indicar alguém de fora de sua família para herdar seu espólio na provável hipótese de ele seguir inelegível em 2026.

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Política

Pouso Alegre terá listas públicas para filas de espera na saúde e creches

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Imagem: reprodução

A Câmara Municipal de Pouso Alegre aprovou na noite desta terça, 03, por unanimidade, dois projetos de lei que garantem maior transparência nas filas de espera por vagas em creches e atendimentos na saúde pública. As novas regras, propostas por vereadores, visam divulgar listagens atualizadas e critérios de priorização, assegurando o direito à informação dos cidadãos.

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Creches: lista de espera será pública

O Projeto de Lei nº 8020/2025, de autoria dos vereadores Leandro Morais (União) e Israel Russo (União), obriga a Prefeitura a divulgar mensalmente a lista de espera para vagas em escolas municipais e Centros de Educação Infantil (CEIMs). A lista deve conter iniciais do nome da criança, data de nascimento, data de inscrição, unidade pretendida e classificação na fila.

As informações serão afixadas em locais visíveis nas escolas e disponibilizadas no site oficial da Prefeitura, com filtros para facilitar a consulta. Além disso, os critérios de seleção e priorização deverão ser divulgados de forma clara e ível.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação já adota a divulgação de listas públicas para a fila de espera por vagas nas creches, mas com o projeto de lei a prática deverá ser institucionalizada, tendo continuidade garantida em gestões futuras na pasta.

Saúde: filas de exames e consultas também serão transparentes

Já o Projeto de Lei nº 7979/2025, assinado pelos vereadores Leandro Morais, Israel Russo e Delegado Renato Gavião (PSDB), determina a divulgação das listas de espera por consultas, exames e cirurgias na rede pública de saúde. Os dados incluirão número do Cartão SUS, data de nascimento, tipo de procedimento e situação atual da solicitação.

Para preservar a privacidade, apenas informações agregadas serão publicadas, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Casos emergenciais, atestados por laudo médico ou decisão judicial, terão prioridade.

Base governista inclui hospital na lista pública

A proposta já havia sido votada em primeiro turno na semana ada, quando foi alterada por uma emenda. Inicialmente, o projeto previa a divulgação da fila de pacientes apenas no âmbito da saúde pública municipal. Mas uma emenda apresentada pela base governista incluiu todos os prestadores de serviços do SUS que atuam no município, como é o caso, por exemplo, do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) e de consórcios de saúde como o Cisamesp e CISLAGOS.

Medidas alinhadas à transparência

Ambos os projetos seguem princípios da Lei de o à Informação e da Constituição Federal, que garantem o direito à informação pública. Para ter efetividade, porém, os projetos precisam ser sancionados pelo prefeito Cel. Dimas (Republicanos) e implementado na prática pela Prefeitura.

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