Cel. Dimas diz ter estilo diferente, mas que deu continuidade a projeto iniciado por Simões

Política

Cel. Dimas diz ter estilo diferente, mas que deu continuidade a projeto iniciado por Simões

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O prefeito Cel. Dimas (Republicanos) participou, na terça-feira, 30, da série de entrevistas que o R24 vem fazendo com os pré-candidatos à Prefeitura de Pouso Alegre. A íntegra da entrevista foi publicada nesta quinta-feira, 30 – confira o vídeo acima.

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O cel. da reserva da Polícia Militar, de 64 anos, foi o quinto e último a ser sabatinado pelo R24. Eleito vice-prefeito em 2020, ele assumiu a Prefeitura de Pouso Alegre em março de 2022, quando Rafael Simões (União) renunciou para buscar uma vaga na Câmara Federal.

Desde então, a dupla, que caminhava unida há pelo menos 10 anos, foi se afastando pouco a pouco até o rompimento definitivo em 2023.

Simões já até apadrinhou um outro pré-candidato à Prefeitura, o vereador Leandro Morais (União), e fez duros ataques ao atual prefeito no evento de lançamento da pré-campanha de seu escolhido.

Na entrevista de pouco mais de 1 hora que concedeu ao R24, no entanto, o prefeito Cel. Dimas procurou amenizar a ruptura. Primeiro, ressaltou que, embora tenha um estilo diferente de Simões, deu continuidade ao projeto do grupo eleito em 2020.

“Não tem projeto do Rafael, tem projeto do grupo (…) projeto da cidade. [Esse] projeto continua. A cidade avança a os largos na área da Educação da Saúde”, considerou, ressalvando a diferença de estilo entre ele seu antecessor. “O Rafael, ele tinha um estilo que, às vezes, ele não gostava de eventos, shows, tinha um outro pensamento. Nós já temos o pensamento do lazer, do turismo, da cultura, a gente abraçar isso também. Isso gera renda, gera emprego e interfere de forma positiva na saúde mental [das pessoas]”, considerou.

Depois, afirmou que não tem “nada contra” o ex-prefeito, tecendo inclusive elogios à sua gestão. Pontuou, porém, que uma vez que “seu F” ou a responder pela Prefeitura, ele teria que assumir suas responsabilidades e não caberia a outra pessoa fazer imposições.

“Se eu sentei, eu sou o prefeito, eu sou mesmo. Eu tenho formação militar, eu sou coronel da PM, eu tenho minha linha de conduta. A hora que eu sento num local aonde eu sou o responsável, eu assumo todas as responsabilidades. Ninguém vai ficar ditando pra mim o que é que eu tenho que fazer”.

Motivo da ruptura não fica claro

Apesar da fala, Cel. Dimas disse não ter havido imposições diretas por parte de Simões, mas deixou no ar que talvez fosse esse o desejo do ex-prefeito. 

Mais uma vez, no entanto, não ficou claro o motivo objetivo que levou ao rompimento da dupla. Cel. Dimas disse, por exemplo, que não chegou a demitir nenhum dos secretários que herdou de Simões, mas que eles teriam pedido para sair.

Propostas, enfrentamento de crises e segurança pública

O prefeito também foi questionado quanto à forma que tem lidado com a Copasa e confrontado com a afirmação de líderes da oposição que o acusam de ter uma postura branda e apenas ‘sentar para tomar um cafezinho’ com a direção da empresa.

Cel. Dimas defendeu que o contato com a Copasa tem que ser profissional. “Depende de como você toma o café. Você pode tomar um café amargo ou doce. Eu prefiro tomar um café doce. Eu sento com o pessoal da Copasa, mas a forma de cobrar tem que ser profissional. (…) Eu não vou ficar aí gravando vídeo ‘fora Copasa’ porque isso não adianta. Eu tenho que tomar um café com o presidente e pedir pra ele investimento. Eu fui lá, tomei um café com a Copasa e chegou um investimento de R$ 80 milhões aqui na cidade, coisa que não tinha sido feita antes”, ponderou.

Apesar disso, o prefeito afirma que a Prefeitura segue fiscalizando a Copasa com rigor. Segundo ele, multas aplicadas por falta de água na cidade já teriam chegado à cifra de R$ 50 milhões.

Ao longo da entrevista, Cel. Dimas ainda foi questionado sobre o enfrentamento às enchentes, mudanças climáticas, transporte público, obras de infraestrutura, o planejamento da cidade a longo prazo e os investimentos feitos em grandes shows. A íntegra da entrevista você confere no vídeo que abre esta reportagem.

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Polícia

Vereador tem mandato cassado em Alfenas após caso de violência doméstica

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Imagem: reprodução de redes sociais

A Câmara de Vereadores de Alfenas (MG) cassou, na madrugada desta quinta-feira (22), o mandato de Pedro Alencar Azevedo (União), conhecido como ‘Pedrinho Minas Acontece’, por quebra de decoro parlamentar. A decisão foi unânime após uma sessão que durou mais de 12 horas, iniciada na tarde de quarta-feira (21). O político responde criminalmente por agredir a namorada, portar armas ilegalmente.

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Agressões e ameaças

A vítima, uma jovem de 22 anos, relatou à emissora EPTV que sofria violências desde janeiro. Em 18 de fevereiro, após nova briga, o vereador teria chutado a mulher e jogado seus pertences pela janela do sobrado onde moravam. Ela tentou gravar as agressões, mas foi impedida. O advogado da vítima solicitou medida protetiva para garantir sua segurança.

De site de notícia para a política e a prisão

Pedrinho se tornou conhecido na região por conta do site de notícias de cobertura regional ‘Minas Acontece’. Foi através desse trabalho que galgou postos na política e se elegeu vereador por Alfenas.

A Polícia Civil indiciou Pedrinho por lesão corporal qualificada, ameaça, injúria e posse irregular de munições. Durante buscas, a PM encontrou cartuchos e entorpecentes em sua casa. O parlamentar ainda descartou uma arma municiada em um terreno vizinho, reforçando as provas contra ele.

Preso e com pedidos de liberdade negados

Preso em 19 de fevereiro, desde o dia 21 daquele mês o vereador está detido na penitenciária de Uberlândia. Sua defesa tentou, sem sucesso, dois habeas corpus, alegando que ele não representava risco. O STJ manteve a prisão. Em abril, a Justiça negou outro pedido, argumentando que o processo segue sem irregularidades.

O caso tramita em sigilo, e o MP já apresentou suas alegações finais.

Ironia

A prisão seguida da cassação do vereador é cercada de ironia. Defensor ferrenho da pauta de costumes conservadora defendida por alas da direita como o bolsonarismo, em fevereiro deste ano, o parlamentar apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal de Alfenas prevendo multa para o porte e consumo de drogas ilícitas em espaços públicos da cidade. A proposta não achegou a ser votada.

Na justificativa do projeto, o vereador argumentou que a proposta pretendia “desestimular o consumo de drogas em Alfenas, visando a proteção dos cidadãos e o fortalecimento da segurança pública”. Ainda segundo ele, “o aumento do consumo de drogas contribui para a desordem social, o tráfico de entorpecentes e crimes patrimoniais, colocando em risco a segurança da população e afastando as famílias dos espaços públicos”.

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Política

Câmara aprova, em única votação, projeto que recria Guarda em Pouso Alegre

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Imagem: reprodução TV Câmara

Com o presidente da Câmara Dr. Edson (Republicanos) em viagem a Brasília, o presidente em exercício, o delegado Renato Gavião  (PSDB) surpreendeu e colocou em votação na noite desta terça-feira, 20, o projeto de lei que recria a Guarda Municipal em Pouso Alegre (MG). A proposta foi aprovada por unanimidade e em única votação após requerimento do líder do governo, Dionísio Pereira (Republicanos).

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A proposta havia sido protocolada pessoalmente pelo prefeito Cel. Dimas (Republicanos) em 27 de março, mas, desde então, apesar de inúmeras cobranças da base de apoio ao prefeito, o presidente da Casa não chegou a colocar a proposta em pauta. A negativa se deu em meio a um profundo desgaste na relação de Dr. Edson com a istração Dimas e sua base de apoio na Câmara.

A partir da aprovação do projeto de lei, Pouso Alegre voltará a ter uma Guarda Municipal, desta vez armada, seis anos após sua extinção, ocorrida em fevereiro de 2019, durante a gestão Simões.

O retorno da corporação em um novo formato é uma das principais apostas do segundo mandato do prefeito Cel. Dimas, que tem na segurança pública um de seus principais desafios, especialmente na percepção popular.

Projeto incluído enquanto presidente está em Brasília

O projeto de lei que recria a Guarda Municipal não constava na pauta de votações. A expectativa era que ele talvez fosse à pauta na próxima semana. Mas Renato Gavião decidiu incluí-lo. Na sequência, o líder do governo na Casa, Dionísio Pereira, apresentou um requerimento de urgência para que a proposta fosse aprovada em única votação.

A manobra pegou de surpresa o presidente da Casa, Dr. Edson, que cumpre compromissos em Brasília. Por outro lado, sua aprovação na noite desta terça deu protagonismo aos vereadores delegado Renato Gavião e Israel Russo (União), os principais entusiastas da proposta do Executivo e que têm a segurança pública entre as principais pautas de seus mandatos.

Para viabilizar a votação do projeto, no entanto, foi preciso suspender a sessão para que emendas apresentadas ao projeto de lei recebessem pareceres das comissões temáticas da Casa. A suspensão durou cerca duas horas e trinta minutos e houve indecisão nos bastidores. Alguns vereadores hesitaram em os pareceres diante da manobra que viabilizou a aprovação do projeto na ausência de Dr. Edson.

Quando finalmente voltaram, os vereadores aprovaram sete das 10 emedas apresentadas, rejeitaram duas – ambas de autoria de Fred Coutinho, e uma delas, de autoria do vereador Israel Russo, foi retirada pelo próprio.

Gavião e Russo, que tomaram frente das negociações do legislativo com o executivo em torno do projeto, foram os vereadores com mais emendas aprovadas, seguidos da vereadora Lívia Macedo.

As emendas rejeitadas previam a integração dos guardas municipais antigos à nova Guarda. Entre as emendas aprovadas estão a ampliação de 30 para 35 anos a idade máxima para ingresso na Guarda; a ampliação do escopo de atuação da corporação; a exigência de experiência em segurança pública para indicados aos cargos de comandante e subcomandante – nos quatro anos iniciais da nova Guarda, já que após esse período, os escolhidos virão da própria corporação; e a garantia de capacitação e atendimento psicológico contínuos aos agentes.

Próximos os

Após a aprovação do projeto de lei na Câmara, ele segue para sanção do prefeito Cel. Dimas. A partir daí, a Prefeitura já pode abrir  concurso para compor os quadros da Guarda. A previsão é que neste primeiro certame sejam ofertadas 50 vagas.

A nova Guarda Municipal será armada e terá efetivo de 150 pessoas de forma escalonada até o ano de 2027. De acordo com o prefeito, a expectativa é que a corporação comece a atuar até o fim do ano.

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Política

Saúde trabalha em projeto de lei para regulamentar pagamento do IFA a agentes

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Imagem: Agência Brasil/Ilustração

Depois de uma longa discussão e muita pressão da categoria, a Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre (MG) está trabalhando em um projeto de lei para regulamentar o pagamento do Incentivo Financeiro Adicional (IFA) aos agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate a endemias (ACEs). A verba já é reada pelo Ministério da Saúde.

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A informação foi confirmada ao R24 pela secretária de Saúde, Mônica Mendes, nesta terça-feira, 13, durante a cerimônia de lançamento do centro especialidades médicas do município. De acordo com a secretária, ela tem se reunido com representantes da categoria e deve enviar em breve para a Câmara, o projeto de lei que regulamenta o pagamento do incentivo.

Debate se arrasta há anos

O Incentivo Financeiro Adicional (IFA) foi criado pelo governo federal em 2014 e integra a mesma lei que instituiu o piso nacional das categorias. Sua regulamentação se deu no ano seguinte pelo Decreto 8.474. Na forma como é cobrado pela categoria, o adicional funcionaria como um 14º salário pago em parcela única para os agentes. Mas apesar de receber a verba do governo federal, muitos municípios, como no caso de Pouso Alegre, não ream o adicional aos agentes. A verba acaba sendo aplicada em outras áreas da saúde, seguindo uma interpretação legal e istrativa diversa.

O direito de receber o adicional de forma integral tem sido uma das principais bandeiras da categoria em todo o país e motivo de disputas judiciais que já bateram à porta do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em Pouso Alegre, como em outros municípios, havia um debate em torno da interpretação legal sobre o IFA, já que muitos entendem que o incentivo deve ser direcionado para o custeio geral da saúde básica e não como um complemento direto à remuneração dos agentes.

Acordos e recuos

O Sindicado dos Servidores Públicos de Pouso Alegre (Sisempa) já vinha travando um longo diálogo com a Prefeitura em torno do tema e chegou a se aproximar de um acordo com a istração. A proposta de lei que regulamentaria o ree do IFA aos agentes esteve prestes a ser enviada para a Câmara no início do ano, mas acabou voltando à gaveta com a troca no comando da pasta – Mônica Mendes substituiu Rosaly Esther em fevereiro.

O ponto alto do debate, porém, se deu em março deste ano, quando uma audiência pública na Câmara reuniu dezenas de agentes de saúde. Eles expam sua insatisfação com o não pagamento do IFA e com as condições de trabalho.

Inicialmente, a audiência, então capitaneada pelo vereador Fred Coutinho (Republicanos), teve resultados mistos. Embora a pressão dos agentes tivesse colocado a Prefeitura contra a parede, ter o principal desafeto do governo Dimas a frente da pauta não animou a istração a agir de imediato.

Aos poucos, no entanto, um acordo foi sendo costurado com a categoria. O resultado desse diálogo, espera-se, desaguará no projeto de lei que chegará à Câmara Municipal nas próximas semanas dando vitória a mais uma longa luta de uma classe de trabalhadores.

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