Com lançamentos do fim de semana, Pouso Alegre tem 4 pré-candidatos a prefeito

Contexto Político

Com lançamentos do fim de semana, Pouso Alegre tem 4 pré-candidatos a prefeito

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Os pré-candidatos por ordem alfabética: Alba Junqueira (PL), Antônio Marcos Coldibelli (PT), Cel. Dimas (Republicanos), Leandro Morais (PSDB)

Com os lançamentos dos nomes do vereador Leandro Morais (PSDB) e da empresária Alba Junqueira (PL) neste fim de semana, Pouso Alegre tem agora quatro pré-candidatos a prefeito. Antes deles, os nomes de Cel. Dimas (Republicanos), que vai concorrer à reeleição, e Antônio Marcos Coldibelli (PT) já haviam sido confirmados.

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Ainda é cedo, no entanto, para bater o martelo sobre se de fato serão esses quatro nomes que irão concorrer ao cargo de chefe do executivo nas eleições municipais deste ano.

A escolha oficial dos candidatos pelos partidos ocorrerá entre 20 de julho e 5 de agosto, durante as convenções partidárias. Já o registro das candidaturas, que é o que vale, pode ser feito até 15 de agosto.

Simões X Dimas, candidata de Bolsonaro e PT de volta à disputa

Até o registro das candidaturas, portanto, articulações políticas, pesquisas eleitorais e o imponderável podem mexer com o quadro de candidatos que será apresentado para a escolha dos pouso-alegrenses, mas, por enquanto, a cena que se tem rende enredos para todos os gostos.

E é certo que o mais chamativo deles até aqui é o duelo de ex-aliados que se anuncia. Simões, que apresentou Leandro Morais como seu pré-candidato, contra o atual prefeito Cel. Dimas. A parceria de mais de décadas foi desfeita assim que Simões deixou a Prefeitura para assumir a vaga de deputado federal e seu então vice-prefeito assumiu a condução do município.

O motivo exato do racha nunca foi bem explicado. Simões deu alguns contornos gerais. Alegou que Dimas traiu sua confiança ao supostamente promover uma guinada no modelo de gestão implementado pelo deputado ao longo de seis anos à frente da Prefeitura; e dispensou secretários que dispunham da estrita confiança de Simões. De seu lado, Dimas desconversa, diz que o motivo da briga só pode ser explicado pelo ex-prefeito.

No lançamento da pré-candidatura de Leandro Morais, Simões deu uma mostra do tom que deve adotar durante a campanha.

Num discurso furioso, em que chamou Dimas de coronelzinho e prefeitinho, Simões provocou: “Depois de 10 anos carregando mala pra mim, ele mostrou exatamente quem ele era, atacando não a mim, mas às instituições que são importantes para esta cidade, um projeto que construímos juntos, um projeto para mais de 20 anos de progresso dessa cidade e da região”, deixando evidente a mágoa, mas também o desapontamento por ver seu projeto de poder interrompido.

Em contrapartida, o atual prefeito, por ora, não tem respondido os ataques, ao menos não diretamente.

Convenhamos, o duelo de ex-aliados já seria enredo suficiente para a eleição. No entanto, há mais. O PL, de Bolsonaro, decidiu não apoiar nem o atual prefeito, nem o candidato de Simões. Optou por lançar candidatura própria.

Alba Junqueira inicia a corrida eleitoral incensada pela base bolsonarista mais fiel em Pouso Alegre. Seu desafio será ampliar os espectro de apoio para além do nicho de influência do ex-presidente. De qualquer modo, é a primeira vez que a base bolsonarista rompe com os círculos da direita tradicional de Pouso Alegre e aposta em uma candidatura puro-sangue.

E, sim, há mais. Depois de sequer lançar candidato em 2020, às voltas com o sentimento negativo que o último mandato do ex-prefeito Agnaldo Perugini deixou impregnado no eleitorado pouso-alegrense, o Partido dos Trabalhadores terá de novo um candidato. O nome da legenda é o médico Antônio Marcos Coldibelli.

Em entrevista ao R24, o pré-candidato deu a entender que o partido deverá fazer um mea culpa pelos momentos finais da gestão Perugini, mas defenderá o conjunto da obra, apontando para os avanços que enxergam nas duas gestões do político.

Sobre o autor: Adevanir Vaz é jornalista e editor do R24.
Os artigos publicados em ‘Opinião’ e ‘Colunas’ não refletem, necessariamente, o ponto de vista do Rede Moinho 24.

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Páscoa nas escolas vira disputa política em Pouso Alegre

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Imagem: reprodução de redes sociais

Um documento de orientação sobre práticas pedagógicas durante a Páscoa na rede municipal de ensino de Pouso Alegre (MG) virou motivo de polêmica e fomentou um festival de pregação religiosa entre políticos. O debate veio à tona depois que o vereador Israel Russo (União) usou a tribuna da Câmara e as redes sociais para afirmar que “a Secretaria de Educação tenta censurar Cristo da Páscoa” – veja o vídeo abaixo.

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A fala do político se refere a um informativo enviado a diretores, supervisores e professores pelo Departamento Pedagógico com orientações gerais sobre como trabalhar a Páscoa em sala de aula.

No documento, é pedido para que os professores “evitem atividades que façam referência direta a elementos próprios da fé cristã, como a crucificação, a ressurreição ou celebrações litúrgicas”, lembrando que “tais conteúdos pertencem ao âmbito da religiosidade particular e não devem compor o planejamento pedagógico de uma instituição pública de ensino”.

O documento ainda pede que símbolos culturais e lúdicos, como o coelho, os ovos, as cores, as brincadeiras e as narrativas de fantasia, “devem ser desvinculados de mensagens religiosas”, contribuindo para o desenvolvimento da linguagem, da imaginação, da ludicidade e da interação social.

“Mais do que repetir tradições, é fundamental reconhecer as atuais concepções e ressignificar as práticas pedagógicas de acordo às diretrizes curriculares visando à formação cidadã das crianças”, prossegue o documento.

“Qual o sentido dessa aberração?”

Com o documento em riste, o vereador Israel Russo questionou a orientação do departamento pedagógico da Prefeitura durante a sessão da Câmara de Pouso Alegre nesta terça-feira, 15. “Vamos ensinar a Páscoa nas escolas sem falar de Jesus que é o principal fundamento da Páscoa. Qual é o sentido dessa aberração que foi enviada para os professores?”, bradou o parlamentar com gestos e tom de indignação.

Russo é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que se tornou célebre por adotar estratégias agressivas para ganhar engajamento nas redes sociais a partir de pautas polêmicas. Religião e segurança pública são os temas preferidos do grupo. Não por acaso, esses são exatamente os temas que mais permeiam os primeiros meses de mandato do vereador.

Quem também se insurgiu contra as orientações foi o vereador Leandro Morais (União). “Jesus Cristo está muito acima de religião. Jesus Cristo é o caminho, a vida, ninguém vai ao Pai se não por ele e não há um outro significado na Páscoa a não ser Jesus Cristo”, discursou em tom religioso o parlamentar na tribuna da Câmara para criticar a orientação pedagógica.

Prefeito e secretária se pronunciam

Com a discussão lançada na Câmara e a polêmica ganhando as redes, a Prefeitura se apressou em rebater as declarações dos vereadores. Primeiro a Secretaria Municipal de Educação publicou uma nota, alegando que o documento era “apenas um informativo, que replicou o que determina a legislação federal sobre o respeito à diversidade religiosa”. A nota dizia ainda que a pasta segue comprometida “com uma gestão que valoriza a fé, promove a harmonia e fortalece o respeito entre todos os cidadãos”.

A nota acompanhou um post com vídeos da secretária de Educação, Suelene Marcondes, e dois diretores da rede municipal, afirmando que não houve mudança nas práticas pedagógicas das escolas, mantendo-se o respeito à laicidade e diversidade religiosa, mas que o nome de Jesus Cristo jamais foi negado nas escolas.

“Reafirmamos com toda a clareza: em nossas escolas nunca foi e jamais será proibido mencionar o nome de Jesus Cristo. Repito, nunca foi e jamais será proibido mencionar o nome de Jesus Cristo em nossas escolas”, afirmou em vídeo a secretária da pasta.

Já ao longo da tarde foi a vez do prefeito Cel. Dimas (Republicanos) e o vice-prefeito Igor Tavares (PSD) se manifestarem nas redes sociais. Eles reforçaram que não há proibição para mencionar o nome de Jesus nas escolas e que o documento divulgado não teria sido revisado e que não seria oficial. Eles ainda criticaram “políticos e assessores inescrupulosos” que estariam “aproveitando o momento para (…) propagar a crucificação” da servidora que que teria produzido o documento de forma errônea.

“Nós vivemos o momento da Páscoa, momento máximo, onde Cristo se entregou por nós na cruz. É o momento da gente refletir sobre paz, sobre amor e respeito ao próximo e nós estamos vendo que algumas pessoas não estão seguindo esses os de Jesus”, discorreu também em tom religioso o prefeito Coronel Dimas.

Com o assunto ainda rendendo, as falas de prefeito e vice já geraram tréplicas nas redes sociais. Sim, é cansativo!

 

Sobre o autor: Adevanir Vaz é jornalista e editor do R24.

Os artigos publicados em ‘Opinião’ e ‘Colunas’ não refletem, necessariamente, o ponto de vista do Rede Moinho 24.

 

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Vereadores afirmam que há R$ 65 milhões em verbas paradas em Brasília para PA

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Imagem: reprodução/ TV Câmara

Um grupo de vereadores de Pouso Alegre (MG) foi para Brasília (DF) na última semana e voltou da capital federal afirmando que há R$ 65 milhões em verbas já liberadas para o município esperando apenas uma ação da Prefeitura para se transformarem em obras como creches, unidades de saúde e obras de drenagem.

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A pauta foi levada à tribuna com mais contundência pelo presidente da Câmara, o vereador Dr. Edson (Republicanos). O político, que vive em uma espécie de guerra fria com a gestão Dimas, subiu o tom contra a istração. “Escandaloso é você ter mais de 66 milhões de reais prontos para praticamente serem usados para construção de creches, para drenagem, para construção de ponte e esse dinheiro está lá guardadinho ou esquecido ou pronto para fazer campanha eleitoral para deputado no ano que vem”, sugeriu.

O adjetivo ‘escandaloso’ não foi usado por acaso pelo presidente da Câmara. A palavra é a mesma que ilustra a capa do jornal ‘A Tribuna’ do último fim de semana. A manchete do periódico classificou a viagem dos vereadores para Brasília como ‘escandalosa’ por não ter um motivo aparente. Viajaram para a capital os vereadores Dr. Edson, Fred Coutinho (Republicanos), Leandro Morais (União) e Odair Quincote (União). Nos bastidores, os vereadores alvos da crítica consideram que ela partiu da istração Dimas.

Verbas paralisadas?

As informações sobre a verba que estaria paralisada em Brasília foi divulgada pela assessoria de comunicação da Câmara de Pouso Alegre sob o título “Milhões parados em Brasília: Vereadores exigem respostas”. O R24 pediu o aos documentos levantados pelos vereadores durante a viagem, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto.

Reportagem feita pela emissora da Câmara de Vereadores aponta uma verba de R$ 2,3 milhões indicada para implantação de ponte no bairro Cajuru que estaria disponível desde 2022, além de outros recursos para creches e escolas de educação infantil, no valor de R$ 4,3 milhões, escolas em tempo integral, no valor de R$ 13,7 milhões, uma Unidade Básica de Saúde, no valor de R$ 2,4 milhões. Ainda segundo a reportagem, há também um conjunto de obras de drenagem no valor de cerca de R$ 45 milhões.

A TV Câmara informa que a prefeitura deve cumprir etapas exigidas no trâmite da liberação de verbas para que elas sejam de fato revertidas para o município, mas não fica claro se a prefeitura deixou de cumprir prazos, embora haja a sugestão de que as verbas podem ser perdidas por inação do executivo. O R24 entrou em contato com a Prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto.

Líder de governo diz que Prefeitura não abre mão de verbas

O líder de governo na Câmara, Reverendo Dionísio (Republicanos), afirmou que a Prefeitura não pretende abrir mão de nenhuma verba que esteja disponível. “Todo recurso que qualquer um dos vereadores aqui souber que existe ou que tenha algum deputado querendo enviar, independente de qualquer partido político, essa tem sido a postura do governo, receber todas as emendas que forem enviadas”, discorreu.

Ainda de acordo com o parlamentar, Pouso Alegre teve diversos projetos selecionados em programas do governo federal como o Novo PAC, no entanto, ele ressalvou que parte dessas verbas podem demorar a chegar. “Pela lógica do Brasil, a gente sabe quando vai chegar, vai chegar no final desse ano, virando para o ano que vem, que é um ano de eleições nacionais”.

Para rebater a fala do líder do governo, o presidente da Câmara leu um ofício enviado pelo deputado federal Rafael Simões (União), apontando ser o autor da verba de pouco mais de R$ 2 milhões destinada à ponte do bairro Cajuru. “Só falta a Prefeitura licitar e receber a verba para fazer a obra”, apontou Dr. Edson, deixando no ar a sugestão de que a Prefeitura não teria recepcionado a verba por conta de ter sido destinada por Simões, o grande rival político do prefeito Cel. Dimas.

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Após denúncia contra Bolsonaro, Simões defende ‘anistia ampla e irrestrita’

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O deputado federal e ex-prefeito de Pouso Alegre (MG) Rafael Simões (União) foi às redes sociais pedir por “anistia ampla e irrestrita” depois que a Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o deputado federal, a ‘anistia ampla e irrestrita’ seria a única forma de pacificar o país para discutir o que realmente importa em sua opinião: “melhorar as condições de vida nos municípios, reduzir o custo de vida e garantir esperança e dignidade ao povo brasileiro”.

Não fica claro na fala do político por que a denúncia da PRG impede que essas discussões sejam feitas.

“Já não bastassem os presos políticos na Papuda, condenados a 17 anos por manifestações no dia 8 de janeiro, mesmo com eventuais excessos”, se queixou o político, lamentando a denúncia da PGR.

 

Sob as rédeas de sua base conservadora

O pronunciamento do político se deu na noite desta terça-feira, 19, um dia após a apresentação da denúncia pela PGR e pouco depois de uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados, em que governistas e a base bolsonaristas se enfrentaram aos gritos no plenário da Casa.

Não por acaso, a frase utilizada por Rafael Simões é quase a mesma que vem sendo reproduzida por um dos filhos de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL), que, em novembro do ano ado, defendeu que houvesse “anistia ampla, geral e irrestrita” sugerindo, de forma irônica, que ela teria que abarcar inclusive o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Morais.

E a ironia do senador não para por aí. ‘Anistia ampla, geral e irrestrita’ foi o mote da campanha que culminou na Lei da Anistia, responsável por salvaguardar brasileiros, presos políticos e guerrilheiros que enfrentara a Ditadura Militar. Como se sabe, a família Bolsonaro é defensora contumaz dos governos militares e crítica aos que se insurgiram contra o regime.

Ao reverberar o filho de Bolsonaro, Simões acena à sua base conservadora no Sul de Minas, que costuma se rebelar contra o político quando ele não se posiciona favorável às pautas caras ao bolsonarismo. Neste exato momento, a anistia está no topo da lista dos bolsonaristas.

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