Uma adolescente pouso-alegrense, de 13 anos, confirmou em depoimento à Polícia Civil ser a autora de mensagens com ameaças e mensagens de ódio que tinham como alvo uma escola de Santos (SP), mas que fez a pedido de um outro adolescente, este de 15 anos, de codinome ‘Nero’, que dizia ser estudante da instituição de ensino.
Os ataques virtuais partiriam de um grupo de mensagens identificado por policiais civis do 7º Distrito de Santos (SP). O grupo seria composto por ao menos 14 adolescentes, todos com média de idade de cerca de 13 anos.
O alvo inicial do grupo teria sido a coordenadora de uma escola de Santos, que ou a receber mensagens em seu celular com xingamentos e ameaças de ataques à instituição em que ela trabalha.
Celular da adolescente é rastreado por policiais de Santos
Os policiais conseguiram rastrear as mensagens enviadas à educadora e chegaram até a adolescente de Pouso Alegre, no Sul de Minas. A partir daí, uma cooperação foi montada entre as polícias civis das cidades paulista e mineira.
A jovem e seu pai foram ouvidos pela Polícia Civil de Pouso Alegre na última quinta-feira, 13. “A adolescente confirmou ser a autora das mensagens e fez as ameaças, segundo ela, a pedido de um amigo internauta, de codinome “Nero”, de 15 anos, que dizia ser aluno na escola do caso em questão. As oitivas e procedimentos investigatórios foram encaminhados à Polícia Civil paulista que dará continuidade às investigações”, registra o informe que polícia mineira enviou ao R24.
A investigação dos policiais de Santos mostrou que ao menos sete adolescentes teriam envolvimento ativo no compartilhamento das mensagens e troca de informações para que o conteúdo fosse produzido e reado até chegar a seu destino, nas redes sociais o diretamente ao alvo dos ataques.
As mensagens enviadas pelos adolescentes incluíam racismo, misoginia, injuria, pornografia e apologia ao nazismo. Segundo as investigações, o objetivo final do grupo não seria o de promover um ataque real à escola, mas o de causar pânico na população.
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