Em vídeo em que avalia extensões dos estragos feitos pela tempestade de ontem, quando ao menos 40 árvores caíram pela cidade, prefeito defendeu poda e extração de árvores doentes e com risco de queda e afirmou que, a partir de agora, ambientalistas que impedirem ação terão que termo se responsabilizando por eventuais quedas
O Prefeito Rafael Simões (DEM) se pronunciou nesta terça-feira, 05, sobre a tempestade que atingiu Pouso Alegre na tarde de ontem. O político avaliou a extensão dos estragos provocados pelo evento, que chamou de “verdadeiro furacão”. “Foi um verdadeiro caos, mas a Prefeitura agiu rápido, está atuando nos quatro cantos da cidade para tentar amenizar os sofrimento das pessoas”, avaliou.
Mas o tema que mereceu mais atenção do político foi a polêmica em torno das podas e extrações de árvores executadas pela Prefeitura em Pouso Alegre. Nas redes sociais, o trabalho é criticado por defensores de causas ambientais como política que prejudicaria o meio ambiente.
Simões aproveitou a ocorrência da tempestade para questionar a postura dessa parcela da população. “Algo, assim, ontem, me trouxe estranheza: foi não ver aquelas pessoas que ficam em redes sociais xingando quando nós aqui na Prefeitura fazemos algumas extrações de árvores que estão doentes, ou quando estamos fazendo podas necessárias para não chegarmos nessas condições que nós vimos ontem”, ironizou.
O prefeito insistiu que as podas ou extrações de árvores são feitas mediante critérios técnicos, quando elas estão doentes e podem colocar a vida ou o patrimônio das pessoas em risco. Ele lembrou ainda que cada uma dessas ações têm uma compensação ambiental. De acordo com ele, desde o início de seu primeiro mandato, 20 mil mudas foram plantadas como forma de compensação por extrações.
Simões ainda voltou a ser irônico ao sugerir que ambientalistas fossem procurados para ajudar a arcar com o prejuízo causado pelas quedas de árvores.
A seguir, ele afirmou que será adotado um novo protocolo para ambientalistas que tentarem impedir podas e extrações de árvores. “Quando nós formos extrair uma árvore e algum ambientalista se contrapor, nós vamos convidá-lo a um termo de responsabilidade, porque se essa árvore vier a cair, ele vai ser responsabilizado civilmente”, projetou.
O pronunciamento de Simões foi gravado em vídeo e distribuído à imprensa. Ao seu lado, sem se pronunciar, estava o vice-prefeito, Dimas Fonseca.
As declarações do prefeito estão em linha com a do presidente da Câmara, Bruno Dias, (DEM), que, ontem, criticou a ação de moradores que classificou como ‘pseudoambientalistas’.
“Infelizmente, mais uma tragédia anunciada. A última tentativa da Prefeitura de fazer a supressão dessas árvores e plantar árvores adequadas, houve uma mobilização de alguns pseudoambientalistas abraçando as árvores e não permitindo que elas fossem cortadas. Tá aí o saldo da tragédia: gente machucada, comerciantes com seu comércio completamente destruídos. Infelizmente, as pessoas achando que estão fazendo o bem, não deixam o poder público trabalhar e fazer o que é certo”.
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