Depois dos ataques de um bando fortemente armado que sitiou a cidade, uma tragédia conjugal bizarra ocorrida nesse fim de semana em Itajubá, leva o município do Sul de Minas de volta às manchetes dos jornais.
Um dia após a morte do marido, Sérgio Carvalho Silva, de 51 anos, Mariuza Benedita Mendes, de 38 anos, acionou a Policia Militar, no sábado, 25, pelo 190. No telefonema, ela fez uma grave confissão: matara o marido asfixiado em uma trama que ela planejou e compartilhou com uma vizinha, Anita Macedo Alves.
As duas contaram aos policiais, em detalhes, como mataram o homem de 51 anos. O destino do funcionário público começou a ser selado, ainda na sexta-feira, quando a mulher colocou seu plano em marcha, lhe contando uma mentira. Ela disse que iria trabalhar em Pouso Alegre como segurança, profissão exercida pelo esposo, e, então, lhe pediu algumas ‘dicas’ do trabalho que ele desempenhava há 23 anos na prefeitura de Itajubá.
Mariuza convenceu o marido a testar suas habilidades de imobilização. A ideia era demonstrar seus conhecimentos na prática. Assim, pediu a Sérgio que a deixasse imobilizá-lo. O marido topou.
Mariuza usou cadarços de tênis para amarrar as mãos e os pés do esposo. Assim que ele estava imobilizado, ela colocou em prática seu verdadeiro objetivo. Com uma blusa de criança, ou a obstruir nariz e boca do marido, impedindo sua respiração. Só parrou quando Sérgio Carvalho perdeu a consciência.
– Vem aqui. Tá pronto o serviço!, gritou para a vizinha. Anita apareceu em seguida para conferir o feito de Mariuza, mas notou que o funcionário público ainda estava vivo. A esposa, então, foi até a cozinha, pegou um pedaço de pão e enfiou na garganta do esposo, a fim de simular um engasgamento.
Só então, as duas acionaram o Corpo de Bombeiros. Ainda segundo o relato das mulheres à polícia, a corporação teria demorado. Quando os bombeiros chegaram, tentaram reanimar Sérgio Carvalho, sem sucesso. Em seguida, o funcionário público foi levado para o hospital, mas já estava morto.
Mariuza diz não saber explicar motivação
Apesar de ter tramado o crime, Mariuza parece não ter um motivo aparente para matar o esposo. Segundo contou à polícia, ele não teria o hábito de agredi-la. Ela, no entanto, relatou que, enquanto o asfixiava lembrava das vezes em que ele a chamava de “velha gorda”. Ainda segundo o relato de Mariuza, ela decidiu se entregar por estar com a com a “consciência pesada”.
Ao levantar o registro do atendimento do Corpo de Bombeiros, a polícia descobriu que havia o pedido de exames necropsiais para verificar se a morte poderia ter sido causada por envenenamento, já que, segundo o irmão da vítima, Mariuza já teria tentado matar Sérgio Carvalho colocando veneno em sua comida. O delegado optou por não realizar a perícia no corpo, diante da confissão das mulheres e devido ao fato de o corpo já estar sendo velado.
Apesar de terem confessado, Mariuza e Anita foram liberadas após prestarem suas declarações por não ter havido flagrante. Por enquanto, elas devem responder pelo assassinato em liberdade.
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