Abordagem policial que gerou tumulto ocorreu na noite desta quarta-feira, 14, no São Geraldo | Imagem: reprodução
PM não teria informado incidente envolvendo adolescente autista no boletim de ocorrência. Família da menina vai acionar a corregedoria. Polícia alega que tumulto foi gerado apenas por reação dos moradores à apreensão de outra jovem suspeita de tráfico de drogas
Moradores afirmaram ao R24 que a agressão a uma adolescente autista seria uma das causas do incidente ocorrido na noite desta quarta-feira, 14, no São Geraldo. A menina de 17 anos voltava do supermercado com o pai, quando se separou dele no tumulto já iniciado durante a abordagem de uma outra adolescente, essa de 16 anos, suspeita de tráfico de drogas.
De acordo com a Polícia Militar, o incidente que terminou com dois homens presos e uma menor apreendida teve início durante a abordagem policial.
“Ao avistar a viatura policial, a jovem apresentou bastante nervosismo e tentou evadir pela Avenida Vereador Antônio da Costa Rios. Ao ser abordada e avisada que seria dado (sic) busca pessoal no local, com apoio de uma Policial Feminina, a suspeita dispensou da parte interna de sua bermuda uma porção contendo várias pedras de crack e em seguida ou a pisar no material, com o intuito de destruir as pedras”, diz informe da PM distribuído à imprensa. A grafia do texto foi preservada pela reportagem.
Segundo uma estudante de enfermagem, moradora do bairro, cujo nome será preservado pela reportagem, a ação policial teria causado o princípio da aglomeração, mas os demais desdobramentos se deram em razão da agressão a sua irmã, uma adolescente de 17 anos, com deficiência intelectual. Ela alega também que a aglomeração em torno da abordagem da adolescente suspeita de tráfico de drogas se deu por conta de a menina ter sido vista com os seios de fora enquanto era abordada por policiais homens.
“Ela começou a gritar e, como aqui no São Geraldo é normal, todo mundo saiu pra rua. Saímos pra ver o que estava acontecendo. Deparamos com a menor com os peito de fora e sendo abordada por policiais homens”, afirma.
O R24 teve o a um vídeo que registra a cena descrita pela moradora. De fato a adolescente aparece com os seios à mostra, cercada por três policiais homens, que tentam contê-la. Distante alguns metros da cena está uma policial mulher, que a PM alega ter dado apoio no momento da revista. O R24 optou por não exibir o vídeo.
Ainda de acordo com a PM, a ação dos policiais para conter a adolescente teria se dado após resistência. “A abordada esboçou reação, agrediu os policiais com chutes e ou incitar os presentes contras as ações da PMMG. Foi necessário o uso de força e algemação para conter as atitudes da jovem”, relata a PM.
Diante da cena presenciada pelos moradores, inicia-se um protesto contra a ação dos policiais. Dentre os diversos vídeos que circulam nas redes sociais, publicado pelos próprios moradores, em nenhum é possível identificar agressões contra os policiais.
Polícia diz que fez prisões por reação dos moradores, família alega ter se revoltado com agressão a adolescente autista
A PM alega que a atuação se deu dentro dos padrões, diante da suposta ameaça à integridade dos policiais. “Várias pessoas que estavam no local instalaram uma turba contra os militares. Diante disso, para se defenderem, os policiais utilizaram de munições de elastômero, tendo sido efetuado disparos contra a multidão”, afirma.
Nesse ponto, surgem mais contradições entre o que afirma a Polícia Militar e os moradores. Segundo a PM, um jovem de 19 anos, que “permaneceu insultando os policiais militares”, foi alcançado e preso e um homem de 46 tentou tirá-lo dos policiais, acabando também preso.
“Para efetuar as prisões desses autores, foi necessário o uso de força por parte do militares para contenção e condução até a viatura policial. Durante a algemação de um dos presos, também houve reação dele contra os militares, o que ocasionou lesão na mão do policial militar”, relata o informe policial.
A moradora com quem o R24 conversou conta que o pai e a irmã, que tem deficiência intelectual, voltavam do mercado no momento da confusão. “E ela soltou da mão dele na multidão aí foi aonde os polícias, não sei acho que confundiram ela, e ele [um policial] foi pra cima dela, agrediu ela, jogou no chão e ainda pois a arma na cara dela foi quando meu pai começa a grita que não precisa daquilo que ela é especial e chama ele de covarde”, relata a moradora.
Também de acordo com ela, os policiais teriam partido pra cima do pai. ” Aí, meu primo também começa a gritar que não precisa daquilo, aí eles desmaiam ele”, garante. Ela também sustenta que a lesão no dedo de um dos policiais não teria sido causada por agressões vindas de seus familiares. “Ele destroncou quando agredia meu pai”, afirma.
Família irá à corregedoria
A moradora ouvida pelo R24 afirmou que a família irá à Corregedoria da Polícia Militar pedir a apuração do que ocorreu no bairro. “Minha irmã vai ser ada por psicólogos foi medicada tomou um calmante, pois ficou mto agitada”, diz.
Uma dos questionamentos da família é o fato de que no Boletim de Ocorrência não consta a agressão que teria sido sofrida pela adolescente autista.
Confira a íntegra do informe divulgado pela PM:
Pouso Alegre – populares do bairro São Geraldo tentam impedir a apreensão de adolescente que comercializava drogas ilícitas
No dia 14 de abril de 2021, por volta das 21 horas, no bairro São Geraldo, os policiais militares realizaram a apreensão de uma adolescente de 16 anos por ato infracional análogo ao crime de Tráfico de Drogas. Durante a sua apreensão, populares tentaram impedir a ação policial, resultando inclusive em policial militar ferido.
Durante o patrulhamento, os policiais militares visualizaram a adolescente, de 16 anos, a qual já foi apreendida em outras datas por comercializar drogas ilegais. Ao avistar a viatura policial, a jovem apresentou bastante nervosismo e tentou evadir pela Avenida Vereador Antônio da Costa Rios. Ao ser abordada e avisada que seria dado busca pessoal no local, com apoio de uma Policial Feminina, a suspeita dispensou da parte interna de sua bermuda uma porção contendo várias pedras de crack e em seguida ou a pisar no material, com o intuito de destruir as pedras. A abordada esboçou reação, agrediu os policiais com chutes e ou incitar os presentes contras as ações da PMMG. Foi necessário o uso de força e algemação para conter as atitudes da jovem.
Várias pessoas que estavam no local instalaram uma turba contra os militares. Diante disso, para se defenderem, os policiais utilizaram de munições de elastômero, tendo sido efetuado disparos contra a multidão. Durante a intervenção, o autor de 19 anos permaneceu insultando os policiais militares e ao ser alcançado e preso, o autor de 46 anos tentou arrebatar o preso, pelo que também foi preso pelas equipes policiais. Para efetuar as prisões desses autores, foi necessário o uso de força por parte do militares para contenção e condução até a viatura policial. Durante a algemação de um dos presos, também houve reação dele contra os militares, o que ocasionou lesão na mão do policial militar.
Posteriormente, ao ser dada busca pessoal na adolescente, também foi encontrado material ilícito (crack) dentro da sua bermuda.
Diante do exposto, foi efetuada a prisão dos autores e apreensão da jovem e das drogas ilícitas, os quais foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.
Atrapalhado pelo sol, condutor caiu com veículo em vala de obra da Villefort | Imagem: Terra do Mandu
Um motorista escapou ileso, mas levou um susto ao cair com seu carro em uma vala da obra do hipermercado Villefort, na manhã desta sexta-feira (23), no Centro de Pouso Alegre. O acidente, registrado por câmeras de segurança, reforça os riscos causados pela polêmica construção, que já acumula multas e disputas judiciais.
O condutor seguia pela Avenida Levindo Ribeiro do Couto, sentido Centro, quando o veículo bateu em uma placa de metal e despencou em uma vala com tubulações de água e esgoto.
No local, não havia cones de sinalização, apenas as placas metálicas próximas ao buraco. O motorista, que preferiu não se identificar, disse ao portal Terra do Mandu que o sol teria atrapalhado sua visão. Apesar do susto, ele não se feriu.
Obra problemática
Este é pelo menos o terceiro acidente registrado no trecho desde o início da construção, em 2024. Orçado em R$ 40 milhões, o empreendimento já foi multado pela Prefeitura e virou palco de uma briga judicial entre a Villefort e a CM Construções.
A rede acusou a construtora de abandonar a obra após receber R$ 2,3 milhões, deixando tubulações essenciais sem instalação. Já a empresa rebateu, alegando falhas no projeto que poderiam agravar alagamentos na região.
Transtorno permanente
Enquanto a disputa segue, moradores e motoristas enfrentam interdições e riscos em um dos trechos mais movimentados da cidade. A falta de sinalização adequada e o prolongamento das obras continuam gerando insegurança e reclamações.
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Amigos e familiares se reuniram em um cortejo de motocicletas para receber o corpo de Wellinton Souza, de 21 anos, em Turvolândia (MG). O frentista morreu na madrugada de terça-feira, 20, após colidir com uma árvore caída na zona rural do município.
O grupo se encontrou no Trevo da Cotia, na rodovia LMG-882, e seguiu em carreata após a chegada do veículo funerário. Na quarta-feira, 21, o corpo do jovem foi sepultado no Cemitério Municipal, encerrando um dia de luto para a comunidade.
Acidente fatal
Wellinton seguia para o trabalho por volta das 6h quando sua moto atingiu uma árvore que bloqueava a via no bairro São Domingos. Um vizinho avisou a família, mas, quando a Polícia Militar chegou, o jovem já estava sem vida.
Uma enfermeira que prestou os primeiros socorros relatou que o jovem não apresentava sinais vitais e tinha sangramento intenso no rosto. A perícia recolheu provas, mas a queda da árvore ainda não teve a causa esclarecida.
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Um motociclista de 21 anos perdeu a vida na madrugada desta terça-feira, 20 de maio, após bater em uma árvore que havia caído sobre uma via no bairro São Domingos, zona rural de Turvolândia (MG). O acidente ocorreu por volta das 6h, quando o jovem, identificado como Welinton Souza, saía para trabalhar.
Segundo a Polícia Militar, familiares foram avisados por um vizinho minutos após a colisão. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o corpo da vítima já coberto pela equipe de resgate. Uma enfermeira de 33 anos que atendeu ao chamado confirmou que o jovem já não apresentava sinais vitais e tinha sangramento intenso no rosto.
Moradores relataram ter ouvido o barulho do impacto. A perícia técnica esteve no local para os procedimentos padrões. O corpo foi liberado e encaminhado a uma funerária, enquanto a motocicleta foi entregue a um familiar. A causa da queda da árvore ainda não foi esclarecida.
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