‘Vão quebrar’: empresários dizem que pedágio na BR-459 inviabiliza negócios

Economia

‘Vão quebrar’: empresários dizem que pedágio na BR-459 inviabiliza negócios

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Representantes de empresas que ficam nas proximidades da BR-459, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, afirmam que seus negócios podem ser inviabilizados por pedágio que será instalado na rodovia, cuja cobrança partirá de R$ 8,32 e terá início até o final deste ano.

As afirmações foram feitas durante audiência pública de mais de 3 horas realizada na noite de sexta-feira, 16, na Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí.

> Saiba tudo sobre a localização dos pedágios, valor da cobrança e quem terá direito a desconto

A declaração mais forte foi feita por um representante da Cooper Rita, Luiz Fernando Ribeiro. Ele questionou os representantes do governo Zema (Novo) e da concessionária que assumiu a istração da rodovia BR-459 se o trecho entre Santa Rita e Pouso Alegre seria duplicado.

Como a resposta foi negativa, ele avaliou que a colocação de pedágio na BR-459 não traz nenhuma benefício para os moradores de seu entorno, já que a rodovia já apresenta boas condições de conservação. Por outro lado, de acordo com ele, a cobrança do pedágio vai prejudicar dramaticamente a operação das empresas locais.

“Gente, vocês vão quebrar a cooperativa. Isso aí vai ser (…) não tem como nós rearmos, estamos em uma concorrência brava. Isso aí vai impactar de imediato a Cooper Rita (…) Analisa bem, a frota da Cooper Rita é mais ou menos em torno de 60 veículos. Diariamente em torno de 30 a 40 se movimentam naquela direção do pedágio, mas, agora, a quantidade de transportadoras que entram aqui diariamente pegando leite, levando leite, pegando produtos lácteos, trazendo grãos, levando grãos, você pegar os eixos e multiplicar por R$ 8,32, gente, pelo amor de Deus…”, declarou inconformado o empresário.

A mesma preocupação foi apresentada por Neto Seda, da Novo Vale Transportes. O empresário alega que teria que desembolsar cerca de F$ 19 mil por mês em pedágio. Ele reivindicou que os veículos de transporte sejam enquadrados na modalidade de desconto dos veículos leves, que terão desconto progressivo a cada nova agem pelas praças de pedágio da região. Caso isso não aconteça, segundo ele, o negócio se tornaria inviável.

“Eu gostaria aqui, no mínimo, a parte de veículos pesados se enquadrasse no benefício dos veículos leves. Caso contrário, eu também gostaria de pedir o prefeito, aos vereadores uma ajuda, porque se trata da existência do negócio. Sem essa ajuda, o negócio se torna inviável aqui dentro da cidade”, argumentou.

O presidente do Sindicado das Indústrias do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto, avaliou que o modelo escolhido pelo governo Zema para fazer a concessão não atende as indústrias da região.

Para ele, a saída seria a suspensão temporária da concessão para que o governo do estado e o governo federal assumissem investimentos nas rodovias e, só então, as estradas fossem readas à concessionária de modo que ela ficasse responsável apenas pela manutenção, a exemplo do que ocorreu na concessão da Fernão Dias. A medida seria, segundo o dirigente, a forma viável de reduzir o valor dos pedágios.

O dirigente também defendeu que haja duplicação da rodovia. No projeto atual, está prevista apenas a inserção de faixa adicional.

“Duplicação com pedágio é desenvolvimento. Pedágio sem duplicação é afugentar desenvolvimento. E pra mim dar um exemplo muito pequeno: quem está do lado de lá do pedágio prefere matricular seus filhos pra lá, prefere comprar pra lá, prefere gastar pra lá. Quem está do pedágio pra cá, matricula seu filho pra cá e fica pra cá. (…) Nós somos regionalizados. O modelo que está não atende as indústrias e, com certeza, conforme visto aqui, não atende nada”, considerou.

Ata de audiência pública será enviada ao governo de Minas

Uma ata com as cobranças e reivindicações feitas ao longo da audiência pública realizada em Santa Rita do Sapucaí será enviada ao governo de Minas. Apesar disso, é improvável que haja mudanças na modalidade de concessão, já que a fase de discussão do projeto foi realizada ao longo de 2021 e 2022.

O único evento que poderia reverter o processo seria uma forte pressão política e popular, o que não está à vista no momento.

O leilão para concessão da BR-459 e outras sete rodovias da região foi realizado em agosto do ano ado e o contrato assinado com a EPR Sul de Minas em novembro de 2022.

O valor da tarifa de pedágio foi calculado em R$ 8,32 em 2021, mas deverá ser atualizado quando do início de sua cobrança efetiva, o que deve ocorrer ao final deste ano.

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Economia

Mais um atacarejo a caminho: Economart anuncia unidade em Pouso Alegre

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Imagem: divulgação/ Economart

A rede Economart Atacadista anunciou a abertura de uma nova unidade em Pouso Alegre, intensificando a concorrência no aquecido mercado de atacado e varejo da cidade. O anúncio ocorreu durante a inauguração da nova unidade do grupo na cidade de Contagem, na última quarta-feira (21).

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Mercado em crescimento

Pouso Alegre, que já conta com redes como MartMinas, Bretas, ABC e Mineirão, além do futuro Villefort, consolida-se como polo regional de consumo. A cidade ostenta a maior taxa de crescimento populacional do Sul de Minas e é a segunda economia da região.

A unidade de Pouso Alegre será a décima da Economart em Minas e a 16ª do país – a rede possui outras seis na Bahia. A previsão é que a unidade pouso-alegrense comece a operar ainda este ano.

Expansão acelerada

Em linha com a explosão de atacarejos em todo o país, desde sua primeira loja em 2017, a Economart não parou de crescer. Até dezembro, além da unidade de Pouso Alegre, o grupo deve abrir outras duas lojas: em Santo Antônio de Jesus e Itabuna (BA).

Imagem: divulgação/Economart

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Economia

Pouso Alegre terá mais um megacondomínio logístico com R$ 1 bi em investimentos

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Megacondomínio logístico será construído em área de 1,2 milhão de metros quadrados no Distrito Industrial | Foto: divulgação

Pouso Alegre está prestes a receber um dos maiores empreendimentos logísticos de sua história, com investimentos que podem chegar a R$ 1 bilhão. O projeto, localizado no Distrito Industrial, promete gerar até 5 mil empregos diretor no médio prazo e consolidar a cidade como polo estratégico para indústrias e distribuição.

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O condomínio ocupará uma área de 1,2 milhão de metros quadrados às margens da BR-381. A primeira fase, com R$ 500 milhões em aportes, deve ser concluída ainda este ano, criando inicialmente mil vagas diretas.

Este é o segundo megacondomínio logístico anunciado para a cidade em menos de dois meses. Em março, a Fulwood já havia anunciado um empreendimento com investimento de R$ 100 milhões e previsão de operação já para este ano.

Ao jornal Diário do Comércio, Adriano Carvalho, diretor da Directpar, uma das empresas responsáveis pelo projeto, apontou que Pouso Alegre está no centro de um movimento de expansão econômica. “A indústria ganhou novo fôlego e Pouso Alegre se tornou um destino natural para grandes empreendimentos”, afirmou.

Foco na cadeia do frio e expansão industrial

O empreendimento pretende atender tanto à demanda de empresas locais – como Midea, Gereral Mills, União Química e grupo Boticário – quanto à carência regional por um hub logístico especializado em produtos refrigerados.

Oito negociações já estão em andamento. Dentre elas, quatro miram empresas locais e outras quatro marcas da cadeia de frio, compreendendo empresas dos setores de alimentação até a indústria farmacêutica. A tendência é que uma dessas empresas deva se tornar a maior ocupante do condomínio.

As obras do empreendimento começam em quatro meses, após a aprovação das licenças ambientais. A cidade vive seu melhor momento e faz todo sentido trazer esse projeto, que já nasce eficiente e promete impactar significativamente a comunidade com contratações locais”, analisa.

O projeto será apresentado à comunidade nesta quinta-feira, 15, no auditório do SESI, no bairro São Geraldo. Com o direto à Fernão Dias, o condomínio promete impulsionar a economia da região, que vive um momento de forte crescimento industrial.

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Economia

Cesta básica tem alta de 3,31% no mês de abril em Pouso Alegre

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Imagem: arquivo/R24

O valor da cesta básica nacional de alimentos voltou a subir em Pouso Alegre. De acordo com levantamento feito na primeira semana de abril, o custo dos itens essenciais para a alimentação de um adulto aumentou 3,31% em relação a março, chegando a R$727,16 — o maior valor nominal registrado desde o início da pesquisa em 2021.

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A pesquisa é realizada mensalmente pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e pelo Departamento de Pesquisa do Unis, com apoio do GEESUL. O levantamento coleta os preços de 13 produtos nos principais supermercados da cidade.

Em relação ao mesmo mês de 2024, a alta acumulada em Pouso Alegre foi de 1,79%. A tendência, segundo os pesquisadores, é que nos próximos meses haja uma desaceleração dos preços com o avanço das colheitas e o possível impacto de medidas como a desoneração tributária na importação de alimentos.

Os alimentos que mais puxaram a alta foram tomate (com 32,37% de aumento), batata (18,19%), feijão carioquinha (4,39%) e farinha de trigo (3,58%). O tomate, que já havia sido destaque no mês anterior, segue em escalada por causa do fim da safra de verão, o que reduziu a oferta no mercado.

“Essa diminuição da colheita impacta diretamente a disponibilidade e acaba elevando o preço médio”, explicaram os responsáveis pela pesquisa. Já a batata, que teve alta expressiva apenas em Pouso Alegre, pode ter sido afetada por problemas pontuais de abastecimento local, segundo o relatório.

Outros produtos com aumento foram pão francês (1,23%), açúcar refinado (0,60%) e café em pó (0,19%). No entanto, seis itens apresentaram queda de preços, com destaque para a banana (-9,86%) e o arroz (-3,33%). O recuo da banana é explicado pela menor demanda e pela competição entre os tipos prata e nanica. No caso do arroz, os preços vêm caindo desde janeiro, influenciados pelo mercado.

Veja a tabela com a variação do preço dos alimentos em abirl:

Produto Variação em Abril/2025
Tomate +32,37%
Batata +18,19%
Feijão carioquinha +4,39%
Farinha de trigo +3,58%
Pão francês +1,23%
Açúcar refinado +0,60%
Café em pó +0,19%
Banana -9,86%
Arroz -3,33%
Óleo de soja -1,57%
Manteiga -1,41%
Carne bovina -0,79%
Leite integral -0,35%

Valor da cesta básica consome mais da metade do salário mínimo

Com a alta, o custo da cesta básica compromete 51,79% do salário mínimo líquido (considerando o desconto do INSS), exigindo do trabalhador que ganha um salário mínimo o equivalente a 105 horas e 23 minutos de trabalho no mês para adquiri-la.

Além de Pouso Alegre, o estudo também monitora os preços em Varginha e, a partir deste mês, em Carmo de Minas. Em Varginha, o valor da cesta ficou em R$715,74. Já em Carmo de Minas, a pesquisa identificou o maior custo entre as três cidades: R$749,54.

O estudo mensal do custo das cestas básicas é assinado pelos professores Maílson Alan de Godoi (Faculdade Unis), Pedro dos Santos Portugal Júnior (IF Sul de Minas) e Guilherme Augusto Dionísio Vivaldi (Unis e GEESUL).

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