Escolas particulares se articulam pelo retorno às aulas presenciais após ‘onda roxa’

Educação

Escolas particulares se articulam pelo retorno às aulas presenciais após ‘onda roxa’

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'Últimas a fecharem; primeiras a abrirem': movimento de escolas particulares defende ensino como serviço essencial | Foto: Pixabay

Grupo busca mobilização após nova decisão do TJMG que estendeu à rede privada a proibição do retorno às aulas presenciais, então limitada às escolas municipais de Pouso Alegre

Um grupo que reúne ao menos 29 escolas particulares de Pouso Alegre, autointitulado ‘Escolas Pela Educação’, já se articula pela volta às aulas presenciais após o término da ‘onda roxa’. O grupo é o mesmo que participou da organização de uma carreata pela manutenção das aulas presenciais no dia 6 de março, questionando decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que, um dia antes, havia suspendido os efeitos do decreto municipal que permitia o retorno.

A articulação ocorre principalmente nas redes sociais e volta a ter como alvo principal uma nova decisão do TJMG, a terceira ao longo do mês de março, que, desta vez, estendeu a suspensão das aulas presenciais em Pouso Alegre, antes limitada à rede municipal, à todas as instituições de ensino, incluindo as privadas, o que, na prática, impede o retorno das instituições de ensino mesmo após o término da ‘onda roxa’, previsto para 4 de abril.

Em comunicado destinado “às famílias”, as escolas reconhecem o momento critico da pandemia e defende que as estratégias de saúde indicadas pelo estado e pelo município sejam seguidas, mas sustenta que o grupo deve seguir reivindicando “um plano de ação para a continuidade do funcionamento das escolas, quando superarmos este momento tão complicado em nossa cidade”, diz o documento.

Para o grupo, a educação deve ser tratada como serviço essencial, de modo que as escolas sejam “as últimas a fecharem e as primeiras a abrirem suas portas” sempre que houver necessidade de adotar novas medidas restritivas por conta da pandemia de coronavírus.

> Leia a íntegra do comunicado publicado pelas escolas particulares

O movimento acusa as ações judiciais que obtiveram na Justiça a suspensão das aulas de ter viés político e ideológico e pede ajuda das famílias para organizar uma resposta “sistemática, sinérgica e ordenada para a situação em que se encontram as escolas e seus respectivos processos”.

Outro pedido destinado às famílias é que elas não rompam seus vínculos com as escolas onde os filhos estudam. “Não é hora para rompimentos! Os alunos precisam estar conectados ao processo de ensino e aprendizagem que as
escolas tão pronta e arduamente preparam”.

Desembargador atendeu pedido de deputada para suspensão das aulas em todo o município

Idas e vindas têm marcado a discussão judicial em torno do retorno das aulas presenciais em Pouso Alegre. No dia 5 de março, atendendo pedido do Sipromag e em função do agravamento da pandemia, o desembargador do TJMG, Alberto Vilas Boas, suspendeu os efeitos do decreto municipal que permitiu a volta às aulas no município nas redes públicas e privadas. O ensino público foi suspenso de imediato. As escolas particulares seguiram em funcionamento.

Uma semana depois, ao responder embargos de declaração da Prefeitura, o desembargador limitou os efeitos de sua decisão apenas à rede municipal de ensino. Na semana seguinte, porém, a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), ex-diretora do Sindi-UTE, fez chegar à Corte um agravo de instrumento pedindo a suspensão de “qualquer atividade escolar presencial” no município, no que foi atendida pelo magistrado.

A decisão do desembargador, porém, ocorreu dois dias após o início da ‘onda roxa’, quando todas as atividades não essenciais haviam sido suspensas em todo o estado, incluindo as aulas presenciais. Mas se não houve mudança prática para aquele momento, a partir de agora, as aulas permanecerão suspensas  nas redes públicas e privadas de ensino mesmo ao término ‘onda roxa’.

> Confira a íntegra da decisão que suspende aulas presenciais em todo o município

Grupo tem forte apoio político na cidade

A mobilização das escolas particulares tem forte apoio político em Pouso Alegre. O presidente da Câmara de Vereadores, Bruno Dias (PL), já se posicionou em diversas oportunidades, de forma incisiva, na defesa do retorno às aulas presenciais, sempre manifestando preocupação, também, com a rede particular.

Além disso, mesmo a Prefeitura, responsável por entrar com os embargos de declaração que permitiu a continuidade das aulas presenciais no segmento, antes do início da ‘onda roxa’, defendeu de forma veemente, por meio da Secretaria Municipal de Educação, o retorno das aulas presenciais.

Em outra frente, o deputado estadual e ex-vice-prefeito de Pouso Alegre Dr. Paulo (Patriotas) tenta emplacar na Assembleia de Minas um projeto de lei que torna o ensino um serviço essencial, o que impediria a paralisação das escolas mesmos nas fases mais restritivas dos planos de isolamento social da pandemia.

Além do movimento das escolas particulares, um outro grupo correlato, que defende as mesmas pautas, tem atuado nas redes sociais, o “Pais Pela Educação”. Ambos os movimentos possuem páginas ativas no Instagram. O que representa os pais foi criado em 15 de novembro. Já o que representa as escolas foi criado em 11 de março, poucos dias após a primeira decisão do TJMG que suspendeu as aulas presenciais no município.

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Educação

Justiça determina que seja paga a professores gratificação suspensa na pandemia

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A Justiça determinou que o município de Pouso Alegre realize a avaliação de desempenho e pague aos professores da rede municipal gratificações referentes aos anos de 2020 e 2021 que foram suspensas pela gestão do então prefeito Rafael Simões (União). A decisão, publicada na sexta-feira, 9, pela 2ª Vara Cível da comarca, considera que a prefeitura não poderia ter suspendido o benefício durante a pandemia.

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O Sindicato dos Profissionais do Magistério (Sipromag) moveu a ação alegando que a Lei Municipal nº 5.176/2012, que instituiu a gratificação anual de até 33% do piso salarial nacional, foi descumprida sem justificativa legal. A prefeitura defendia que a avaliação era inviável no ensino remoto, modalidade adotada durante a pandemia, e citou a Lei Complementar nº 173/2020, que restringiu gastos durante a crise sanitária.

Anos de espera

Em sua decisão, o juiz José Hélio da Silva destacou que a lei federal não anulou direitos já garantidos e que a Prefeitura dispunha de mecanismos para fazer a avaliação de desempenho dos servidores. “Motivo pelo qual não subsiste justificativa que isente a istração Municipal do dever de realizar a avaliação de desempenho, tampouco que legitime a utilização da ausência desse procedimento como fundamento para o não pagamento da gratificação devida aos servidores que preencham os requisitos legais“, afirmou na sentença.

Dulcineia Costa, presidente do Sipromag, comemorou a decisão da Justiça e classificou a medida adotada, à época, pelo então prefeito Rafael Simões como “mais uma maldade do governo da época aplicada aqueles que fizeram à educação acontecer e chegar aos alunos em suas casas utilizando de recursos próprios, num dos momentos mais difíceis marcado por perdas, insegurança, muito trabalho”.

Ainda de acordo com a sindicalista, a decisão reconhece o trabalho dos professores durante a pandemia. “Esperamos que o reconhecimento seja outorgado pelo atual prefeito atendendo a decisão da justiça e realizando os procedimentos para pagar a gratificação aos educadores que trabalharam nos anos citados”, concluiu.

Próximos os

A Prefeitura ainda pode recorrer da sentença. O R24 tentou contato, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto. Se decidir cumprir a decisão de imediato, a gestão do prefeito Cel. Dimas (Republicanos) deverá realizar as avaliações de desempenho referentes aos anos de 2020 e 2021 e, a partir delas, fazer o pagamento das gratificações correspondentes. Os pagamentos deverão ser corrigidos de juros e correção monetária.

Como é feia a avaliação e o pagamento da gratificação?

A lei do pagamento da gratificação por desempenho para os profissionais do magistério de Pouso Alegre foi criada em 2012. Seu texto prevê o pagamento de 40% a 100% de 1/3 do valor do piso nacional dos professores como gratificação anual caso esses servidores atinjam indicadores voltados a como assiduidade, pontualidade, comprometimento com metas pedagógicas, participação em formação continuada, trabalho coletivo, eficácia pedagógica, gestão de conflitos e ética.

A avaliação do desempenho é conduzida por uma comissão escolar que determina o valor da gratificação de acordo com a performance dos educadores, que podem ser avaliados com ‘ótimo, bom ou regular’.

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Educação

Alunos de escola municipal conquistam medalhas em Olimpíada de Educação Financeira

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Imagem: divulgação/Ascom/PMPA

Seis alunos da Escola Municipal Maria Barbosa, em Pouso Alegre, foram premiados na Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (OLITEF), a maior competição do país voltada ao tema. A equipe garantiu uma medalha de prata e quatro de bronze, resultado que enaltece o empenho dos estudantes e o trabalho pedagógico da unidade escolar.

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A competição, promovida pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela B3, tem o objetivo de disseminar o conhecimento financeiro entre alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio. Nesta edição, participaram mais de 700 mil estudantes de 9 mil escolas de todo o país.

Os alunos participaram do evento sob a orientação da professora Thamires Silva. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, iniciativas como essa reforçam a importância da educação financeira desde cedo. “Essas medalhas refletem o trabalho dedicado dos nossos professores e o empenho dos nossos alunos, e nos motivam a continuar investindo em iniciativas que promovam a consciência financeira desde cedo”, afirmou a secretária Suelene Marcondes.

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Educação

Reajuste dos profissionais da Educação será de 6,5% em Pouso Alegre

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Imagem: reprodução/arquivo

A Prefeitura de Pouso Alegre apresentou o projeto de lei que fixa o reajuste salarial dos profissionais do magistério da rede municipal de Educação para o ano de 2025. A proposta prevê correção de 6,5% para esses servidores, mas para valer ainda precisará ser aprovada na Câmara de Vereadores, o que deve ocorrer após o Carnaval.

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De acordo com a Prefeitura, o índice contempla um ganho real para a categoria, já que a inflação oficial (INPC/IBGE) acumulada ao longo de 2024 foi de 4,77%.

Ainda segundo o município, com o reajuste “os profissionais do magistério de Pouso Alegre arão a receber R$31,11 por hora trabalhada, considerando a carga horária de 24 horas semanais estipulada pela Lei 4.122/2003 – Estatuto do Magistério Público Municipal de Pouso Alegre”.

“Essa medida coloca a remuneração dos nossos profissionais acima do valor proporcional ao piso nacional, reforçando o compromisso da nossa gestão com a valorização da educação pública”, sustenta o Prefeito Coronel Dimas.

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