Município esperava receber ao menos 30% dos alunos na volta das aulas presenciais, mas número teria ficado muito abaixo da expectativa. A secretária de Educação, Leila Fonseca, fez pedido de ajuda na tribuna da Câmara de Vereadores, onde foi prestar contas das ações de sua pasta
A secretária municipal de Educação de Pouso Alegre, Leila Fonseca, pediu ajuda na noite desta terça-feira, 08, por conta do baixo comparecimento de estudantes nas aulas presenciais da rede municipal. Segundo ela, o número de famílias que optou por enviar seus filhos às aulas presenciais após a retomada das atividades, em 24 de maio, está muito abaixo do esperado.
“Neste retorno, nós constatamos um reduzido número de alunos nas aulas presenciais. Esperávamos 30% dos 14.353 e tivemos um baixo número”, declarou na tribuna da Câmara de Vereadores, sem precisar o número de estudantes que compareceram às aulas presenciais.
Leila foi à Câmara prestar contas das ações da pasta que comanda a pedido do prefeito Rafael Simões (DEM), que se irritou com uma declaração do vereador Hélio Carlos (MDB), que, semanas atrás, sugeriu que a gestão da educação na istração Perugini seria superior à atual.
Baixo comparecimento nas escolas surpreende secretária
Atualmente as escolas da rede municipal de Pouso Alegre operam em regime de ensino híbrido. Os pais e responsáveis que assim decidirem podem mandar os filhos para as escolas, aqueles que não quiserem, podem mantê-los em casa para seguir no ensino remoto.
Mas a baixa adesão das famílias surpreendeu a secretária. “Por que que essas crianças não estão indo para a aula? Por que que essas crianças estão no parquinho? Por que que essas crianças estão lá jogando bola nos campinhos e na hora de ir para a escola têm medo de pegar o vírus?”, questionou.
Sem se dirigir diretamente às famílias ou aos vereadores, a secretária pediu ajuda. “Eu não represento sozinha a educação de Pouso Alegre. Eu sou apenas uma voz. Todos nós somos representantes da educação de Pouso Alegre. Todos nós somos corresponsáveis por ela, então nós precisamos que os alunos voltem para as salas de aula, sim”, insistiu.
A secretária comparou a presença de alunos nas escolas públicas e privadas e em outros níveis de ensino para ressaltar seu estranhamento.
“Eu fiz questão de circular em alguns lugares. As escolas particulares estão lotadas, dentro dos números dos protocolos. o CAP do Padre Mário está lotado, o Educandário que não é escola regular está lotado, a Escola Profissional que não é escola regular está lotada e por que que a escola municipal não tem aluno?”, voltou a questionar.
A chefe da pasta ainda lembrou que 50% dos estudantes da rede municipal não possuem o à internet ou equipamentos eletrônicos que os permitam ar as aulas remotas, o que dificulta ainda mais a efetividade do ensino à distância.
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