O número de denúncias de assédio eleitoral no trabalho, com patrões prometendo benefícios para colaboradores ou até ameaçando-os de demissão para votar em determinado candidato para presidente da República, disparou ao longo do segundo turno das eleições.
De acordo com os dados parciais do Ministério Público do Trabalho (MPT), Minas lidera o ranking de estados com maior número de denúncias. Até a segunda-feira, eram 70. Todos os casos foram denunciados após o início do segundo turno.
Em todo o pais, o total de denúncias já chega próximo de 400. “Não é nem uma percepção, é um fato. Houve um aumento de notícias ao Ministério Público do Trabalho, de diversas formas, após o primeiro turno. O número total tende a ultraar muito o de 2018, que também não foi pequeno”, disse ao jornal Folha de São Paulo na última sexta-feira, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, na sexta.
A ofensiva contra trabalhadores preocupa as autoridades. Nesta terça-feira, 18, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre Moraes se reúne com o MPT e o Ministério Público Eleitoral. Uma das propostas é compartilhamento de informações para dar celeridade às punições, que podem se dar nas esferas trabalhista e criminal.
Como denunciar 1v3mv
Os trabalhadores que são alvos dos assédios podem denunciar os casos de forma anônima pela internet, no mp.br/pgt/ouvidoria ou pelo aplicativo MPT Ouvidoria, para dispositivos Android. Há também o aplicativo ‘Pardal’, que também se comunica com o MP Eleitoral, e está disponível para IOS e Android. Os trabalhadores também podem fazer as denúncias nos sindicatos de suas categorias.
Uma das dicas do MPT é que os funcionários produzam provas para facilitar a investigação e coibir o crime eleitoral. “Na hora que você faz uma denúncia anônima de que fulano de determinada empresa fez determinado ato constrangendo seus empregados, em grupo ou individualmente, você tem que provar. Qual é a melhor prova hoje? Filmagens. Que são permitidas, porque quando você filma algo que está acontecendo com você, é uma prova lícita”, esclarece o procurador José de Lima Ramos.
Nesta
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