O prefeito Cel. Dimas (Republicanos) rebateu o vereador Leandro Morais (União), que em discurso na Câmara Municipal, na noite de terça-feira, 04, o chamou de ‘frouxo’. Dimas disse respeitar o parlamentar, mas avaliou que ele não seria a pessoa mais indicada para chamá-lo de frouxo, já que “levou um chute no traseiro do União e está lambendo as botas de quem chutou ele”, disparou – veja o vídeo abaixo.
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A fala de Leandro Morais se deu na abertura das sessões ordinárias da Câmara de Pouso Alegre, na noite de ontem. Em seu discurso na tribuna, o parlamentar afirmou que o atual prefeito não manda na Prefeitura. “O prefeito é frouxo, ele não manda, é frouxo. Bateu no peito na eleição: ‘quem comanda é o povo’, [mas] quem comanda é uma turma que afundou o governo Perugini no segundo mandato e que agora estão lá no entorno dele e que, se bobear, vão concluir o mandato com mais tornozeleira que o Perugini concluiu no seu segundo mandato”.
A resposta do prefeito Cel. Dimas veio na manhã seguinte. Durante a coletiva em que ele anunciava os nomes das novas secretárias de Saúde e Finanças e da Procuradora Geral, Dimas mandou uma série de recados a seus algozes, sem citar nomes.
Sem ser questionado, durante a longa fala que fez discorrendo sobre vários pontos de sua gestão, o prefeito fez menção à possíveis Is na Câmara, dizendo que elas são muito bem-vindas e que elas não o atingem. Depois colocou seu sigilo bancário e telefônico à disposição das autoridades, afirmando:
“Se o Ministério Público ou o Poder Judiciário ou qualquer outra pessoa quiser grampear meu telefone, pode ficar à vontade eu até entrego meu telefone, que não vão pegar conversas atravessadas. A minha conta está aberta para o Ministério Público, o Poder Judiciário, que não vão encontrar lá um real que não seja fruto do meu trabalho e na minha casa não vão encontrar uma agulha que seja que eu não comprei com o meu salário”.
A fala é uma clara referência ao deputado Rafael Simões (União), interceptado em conversa telefônica em uma investigação do Ministério Público em torno de suspeitas de faturamento no complexo de obras da Via Faisqueira e sentenciado a 10 anos de prisão, em primeira instância, num caso de desvio de medicamentos e insumos, como agulhas, no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL).
Mais adiante, Cel. Dimas, ainda se dirigindo à imprensa, afirma: “Então, é essa tranquilidade que eu quero dar pra vocês, frouxidão no município não tem, o município, ele é destaque no estado de Minas Gerais, no Sul de Minas e no Brasil. Tem, sim, frouxidão de caráter de algumas pessoas, mas não compete a nós entrar nesse debate, porque o povo de Pouso Alegre não quer isso. Deu uma resposta muito positiva nas eleições (…) tem gente que não quer enxergar isso, o povo quer trabalho”.
Após a sequência de declarações, o R24 questionou o prefeito se sua fala era uma resposta ao vereador que o chamou de frouxo. O prefeito disse que não entraria no debate, dizendo que não sabia quem teria feito a declaração. Ao ser informado pelo R24 que a declaração era do vereador Leandro Morais, ele respondeu:
“Ah, então… você vai me desculpar, neh? Mas eu respeito muito o Leandro como vereador da cidade, mas ele levou um chute no traseiro do União Brasil aí e tá lambendo as botas de quem chutou ele e ainda vem falar isso que eu sou frouxo? Não cabe nem discussão sobre isso, eu não vou entrar em debate com uma pessoa que está pretendendo ser candidato em 2028”, argumentou.
O episódio ao qual o prefeito se refere como ‘chute no traseiro’ se deu nas eleições de 2024, quando o deputado Rafael Simões, que controla o União Brasil em Pouso Alegre, retirou a candidatura a prefeito de Leandro Morais sem se quer consultá-lo.
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