No Sul de Minas, Zema chama repercussão de sua fala sobre o Nordeste de ‘intriga’

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No Sul de Minas, Zema chama repercussão de sua fala sobre o Nordeste de ‘intriga’

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Zema e o prefeito de Poços de Caldas, Sérgio Azevedo (PSDB), no teleférico da cidade | Imagem: reprodução/Instagram

O governador Romeu Zema (Novo) faz nesta quarta e quinta-feira um giro por 10 cidades do Sul de Minas nesta quarta e quinta-feira, 10. A primeira parada foi em Poços de Caldas, onde ele visitou a nova estrutura do Teleférico do município e participou do anúncio de investimento da empresa Meteoric.

A imprensa local questionou o político sobre polêmica em torno da entrevista que ele deu ao jornal ‘O Estado de São Paulo’ cuja fala, que propôs a união do Sul e Sudeste em prol de seus interesses no Congresso, foi interpretada como sendo um ataque ao Nordeste do país, região que Zema comparou a ‘vaquinhas que produzem pouco’.

Zema disse não estar preocupado com a repercussão de suas declarações e classificou as críticas que vem recebendo dentro e fora do mundo político de ‘intriga’.

“Eu estou com a minha consciência limpa e gosto muito de trabalhar e me parece que nós temos muita gente preocupada no Brasil em criar polêmica e preocupar com a próxima eleição. Eu estou preocupado é com realização, onde tem gestão tem realização. Eu estou aqui trabalhando e tem gente aí fazendo intriga”, declarou o político do Novo.

A resposta foi dada quando Zema foi perguntado especificamente sobre as críticas feitas ao seu posicionamento pelo presidente do Senado, o político mineiro Rodrigo Pacheco (PSD), que disse que o posicionamento mereceria, no mínimo, um pedido de desculpas. Provocado pela imprensa, Zema não se desculpou.

Governador ficou isolado

Nem mesmo os governadores dos estados do Sul e Sudeste defenderam a fala do político mineiro. Quem não fez críticas indiretas, como no caso do governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, ficou em silêncio. Sequer Bolsonaro, endossou o posicionamento.

Apesar do consenso, Zema considera que sua fala foi retirada do contexto e culpou o jornal por uma manchete infeliz. “Nós temos de lembrar que quem leu a minha matéria entendeu muito bem o que eu quis dizer, está lá a minha matéria. Acho que nós tivemos uma manchete muito infeliz por parte do jornal, da mesma maneira que outras regiões, nós queremos que os interesses de Minas, do Sudeste, do Sul, sejam atendidos. O que nós queremos é o que o Nordeste já fez. Não tem associação de municípios aqui na região? Não pode ter associação de estados? Por que em algumas regiões pode ter e em outras regiões não podem ter?”.

Na entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, publicada no dia 5 de agosto, sob o título ‘Zema anuncia frente Sul-Sudeste contra Nordeste e quer direita unida contra a esquerda’,  o governador defendeu a união das duas regiões em busca de “protagonismo econômico e político” proporcional às suas populações e economias. Ele comparou o tratamento dado às regiões a um “produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito”, em referência aos estados nordestinos.

Histórico

Não é a primeira vez que Zema se indispõe com a região Nordeste e é acusado de xenofobia. Em junho, durante encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, em Belo Horizonte, ele afirmou que os estados dessas duas regiões teriam uma proporção maior de pessoas que trabalham em vez de viver de auxílio emergencial”.

 

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Minas

Governo Zema faz cortes na PM e deve congelar cerca de R$ 1,1 bilhão em secretárias

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Imagem: Cristiano Machado/Agência Minas/ arquivo

Em meio à crise fiscal, o governo de Minas Gerais anunciou cortes de recursos na Polícia Militar e um contingenciamento de R$ 1,1 bilhão nas secretarias estaduais. A medida, justificada como necessária para evitar o colapso das contas públicas, suspende treinamentos policiais e pode impactar serviços essenciais.

PM tem treinamentos suspensos e verbas bloqueadas

Segundo comunicado interno da PMMG, o governo determinou a suspensão de todas as diligências istrativas e a devolução de créditos orçamentários já liberados. A Academia de Polícia Militar também interrompeu os treinamentos. O coronel José Maurício Oliveira, chefe do estado maior, formalizou a ordem em documento enviado ao comando da corporação.

O anúncio ocorre dias após o secretário da Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, declarar na Assembleia Legislativa que não haverá reajuste para servidores devido à “situação de insolvência” do estado.

Corte de R$ 1,1 bi e justificativa do governo

Nesta quarta-feira (23), o governo detalhou o bloqueio de R$ 1,1 bilhão (0,8% do orçamento total), alegando que a medida evita uma “calamidade” nas finanças. Em nota, a istração estadual atribuiu a decisão a vetos do governo federal ao Programa de Recuperação Fiscal (Propag), que aumentaram as despesas em R$ 2 bilhões.

“O objetivo é impedir que as contas retornem ao estado crítico de 2019”, afirmou o governo. O vice-governador Mateus Simões (Novo) reforçou o argumento: “Teremos um desembolso quase R$ 2 bilhões maior por causa dos vetos de Lula”.

Oposição critica e governo rebate

O líder da oposição na ALMG, deputado Ulysses Gomes (PT), acusou o governo de incoerência: “Enquanto corta treinamento de policiais, Zema gasta com buffets de luxo, voos e aumentos salariais”.

A istração estadual, no entanto, nega que se trate de um “corte”, preferindo o termo “contingenciamento”. Segundo a nota oficial, a medida é temporária e não afeta contratos em andamento. “Em 2024, fizemos contingenciamento e depois liberamos os recursos”, destacou o texto.

Próximos os

As secretarias terão que apresentar propostas de ajuste à Secretaria de Planejamento nas próximas semanas. O governo garantiu que algumas prioridades, como o aumento do vale-alimentação para servidores da segurança, serão mantidas.

O orçamento aprovado em dezembro de 2024 já previa um déficit de R$ 8,6 bilhões. Agora, com os vetos federais, Minas Gerais tenta evitar um novo colapso fiscal.

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Economia

Taxa das blusinhas: Governo Zema eleva imposto para 20% a partir desta terça

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Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG

Os consumidores mineiros que compram em sites internacionais como Aliexpress, Shopee e Amazon devem se preparar para preços mais altos. A partir desta terça-feira, 1º de abril, a alíquota do ICMS sobre essas compras subirá de 17% para 20%. Isso porque o governador Romeu Zema (Novo) optou por seguir uma determinação do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), tomada no final do ano ado.

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A nova tributação se aplica a remessas de até US$ 3.000, o equivalente a cerca de R$ 18,2 mil. O objetivo, segundo as secretarias estaduais de Fazenda, é criar um padrão nacional de cobrança para equilibrar a concorrência entre a indústria nacional e os produtos importados.

Segundo eles, “a crescente utilização de plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço (…) impõe a necessidade de ajustes periódicos que protejam a competitividade do comércio interno e da indústria nacional”. 

O aumento do imposto foi publicado no “Diário Oficial de Minas Gerais” em 28 de dezembro, menos de um mês após a decisão do Comsefaz. Em 7 de janeiro, o governador Romeu Zema (Novo) confirmou a elevação da alíquota, justificando a medida como parte do alinhamento com os demais estados.

Desde 1º de janeiro deste ano, a alíquota do ICMS sobre importados era de 17%, também seguindo uma decisão anterior do Comsefaz, tomada em maio de 2023. A uniformização da tributação estadual sobre produtos adquiridos de fora do país ocorre após o governo federal instituir, por meio do programa Remessa Conforme, uma taxa de 20% para compras de até US$ 50, o equivalente a R$ 303.

Com a mudança, consumidores precisarão avaliar melhor os custos antes de realizar compras internacionais. Especialistas alertam que o ree da tributação pode reduzir a atratividade de sites estrangeiros e impulsionar o mercado nacional.

Além de Minas, outros nove estados elevarão a taxa para 20%:

  • Acre
  • Alagoas
  • Bahia
  • Ceará
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Roraima
  • Sergipe

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Minas

Deputada Ana Paula: Zema faz “governo fanfarrão e zomba da nossa população”

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‘Fanfarrão’, foi como a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede) classificou o governo de Romeu Zema (Novo). A declaração da política foi dada durante entrevista exclusiva ao R24 no final da última semana, quando ela fez uma visita a Pouso Alegre e região.

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Mulher negra ligada às lutas sociais progressistas, a deputada Ana Paula está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e tem feito um trabalho de aproximação de Pouso Alegre e cidades da região nos últimos anos. Ela chega como voz dissonante em um território ocupado por deputados conservadores, acostumados a bajular ou se omitir quando o assunto é o governador Romeu Zema.

Na conversa de cerca de 30 minutos, a deputada falou de sua atuação na região e discutiu temas que têm preocupado a cabeça e o bolso dos moradores da região: a violência explosiva em locais socialmente vulneráveis, como é o caso do bairro São Geraldo, em Pouso Alegre, a falta de investimento do governo do estado em políticas públicas, os caríssimos pedágios inseridos nas rodovias do Sul de Minas sem retorno adequado para a população e a tentativa do governo Zema de privatizar empresas como a Copasa e a Cemig.

O resultado dessa conversa você confere no vídeo que abre esse texto.

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