O governador Romeu Zema (Novo) faz nesta quarta e quinta-feira um giro por 10 cidades do Sul de Minas nesta quarta e quinta-feira, 10. A primeira parada foi em Poços de Caldas, onde ele visitou a nova estrutura do Teleférico do município e participou do anúncio de investimento da empresa Meteoric.
A imprensa local questionou o político sobre polêmica em torno da entrevista que ele deu ao jornal ‘O Estado de São Paulo’ cuja fala, que propôs a união do Sul e Sudeste em prol de seus interesses no Congresso, foi interpretada como sendo um ataque ao Nordeste do país, região que Zema comparou a ‘vaquinhas que produzem pouco’.
Zema disse não estar preocupado com a repercussão de suas declarações e classificou as críticas que vem recebendo dentro e fora do mundo político de ‘intriga’.
“Eu estou com a minha consciência limpa e gosto muito de trabalhar e me parece que nós temos muita gente preocupada no Brasil em criar polêmica e preocupar com a próxima eleição. Eu estou preocupado é com realização, onde tem gestão tem realização. Eu estou aqui trabalhando e tem gente aí fazendo intriga”, declarou o político do Novo.
A resposta foi dada quando Zema foi perguntado especificamente sobre as críticas feitas ao seu posicionamento pelo presidente do Senado, o político mineiro Rodrigo Pacheco (PSD), que disse que o posicionamento mereceria, no mínimo, um pedido de desculpas. Provocado pela imprensa, Zema não se desculpou.
Governador ficou isolado
Nem mesmo os governadores dos estados do Sul e Sudeste defenderam a fala do político mineiro. Quem não fez críticas indiretas, como no caso do governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, ficou em silêncio. Sequer Bolsonaro, endossou o posicionamento.
Apesar do consenso, Zema considera que sua fala foi retirada do contexto e culpou o jornal por uma manchete infeliz. “Nós temos de lembrar que quem leu a minha matéria entendeu muito bem o que eu quis dizer, está lá a minha matéria. Acho que nós tivemos uma manchete muito infeliz por parte do jornal, da mesma maneira que outras regiões, nós queremos que os interesses de Minas, do Sudeste, do Sul, sejam atendidos. O que nós queremos é o que o Nordeste já fez. Não tem associação de municípios aqui na região? Não pode ter associação de estados? Por que em algumas regiões pode ter e em outras regiões não podem ter?”.
Na entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, publicada no dia 5 de agosto, sob o título ‘Zema anuncia frente Sul-Sudeste contra Nordeste e quer direita unida contra a esquerda’, o governador defendeu a união das duas regiões em busca de “protagonismo econômico e político” proporcional às suas populações e economias. Ele comparou o tratamento dado às regiões a um “produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito”, em referência aos estados nordestinos.
Histórico
Não é a primeira vez que Zema se indispõe com a região Nordeste e é acusado de xenofobia. Em junho, durante encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, em Belo Horizonte, ele afirmou que os estados dessas duas regiões teriam “uma proporção maior de pessoas que trabalham em vez de viver de auxílio emergencial”.
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