Almoço comunitário realizado no Mosteiro Popular | Imagem: reprodução/Restaurante Popular Já
O prefeito Cel. Dimas (Republicanos) se comprometeu nesta terça-feira, 14, a incluir no orçamento municipal de Pouso Alegre a criação de um restaurante popular, espaço com refeições a baixo custo para atender pessoas socialmente vulneráveis.
O anúncio foi feito durante a manhã em uma reunião com movimentos populares que, desde o ano ado, reivindicam a criação do restaurante popular.
O grupo entregou ao político um abaixo-assinado com 5 mil nomes e recebeu dele o compromisso de que o projeto será incluído no orçamento municipal de 2025, que deve ser enviado para a Câmara Municipal em outubro deste ano.
Além de construir o restaurante popular, Cel. Dimas se comprometeu a aderir ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, criando o Conselho Municipal (CONSEA) para o planejamento, que definirá os contornos da política pública e orientará a construção do Plano Municipal de Segurança Alimentar.
A adesão do município e a criação do conselho garante à cidade o a recursos federais destinados a políticas públicas de segurança alimentar.
Uma das coordenadoras do movimento pelo restaurante popular, a ativista comunitária Lívia Macedo celebrou a conquista, ressaltando que as pessoas são livres para terem pensamentos distintos, mas isso não impede que se unam para trabalhar em prol do bem comum.
“É uma grande vitória de um movimento popular que foi construído a muitas mãos, com participação de 60 entidades sociais, de pessoas que se dedicaram, participando dos atos, de panfletagens, dos almoços populares que nós fazemos todo o primeiro domingo no Mosteiro Popular, no São Geraldo, que am o abaixo assinado”, pontuou.
Um grupo de trabalho, que inclui os movimentos sociais, foi criado para alinhar a proposta. O orçamento preciso para a construção do restaurante popular ainda será definido, mas já se sabe que seu projeto arquitetônico será desenvolvido pela Faculdade Una.
O que é um restaurante popular? 4n3p4z
Os restaurantes populares já são uma política pública reconhecida pelo governo federal e integram a estrutura operacional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, “os Restaurantes Populares têm por objetivo ampliar a oferta de refeições nutricionalmente adequadas, a preços íveis, à população de baixa renda, vulnerabilizados socialmente e em situação de insegurança alimentar e nutricional; e também promover a alimentação adequada e saudável e a valorização dos hábitos alimentares regionais”.
Eles são direcionados a municípios com mais de 100 mil habitantes. Não por acaso, cidades do porte de Pouso Alegre, como Poços de Caldas, Varginha e Itajubá, já contam com o equipamento público há alguns anos.
O o a esses restaurantes é universal, mas eles devem dar prioridade a grupos socialmente vulneráveis. Em geral, eles atendem à população trabalhadora de baixa renda que não tem condições de pagar por refeições balanceadas e nutritivas em restaurantes tradicionais.
No final das contas, os pratos ofertados nos restaurantes populares são ofertados a preços íveis, mas variáveis. Em Poços de Caldas, por exemplo, o equipamento público, que foi inaugurado em 2015, oferece pratos por R$ 2 para a população cadastrada no CRAS e que tenha renda familiar de até 2 salários mínimos mensais. Para o restante da população, o valor é de R$ 5,50.
O cardápio é variado. O menu pode trazer em um dia: carne moída com batata, legumes sautée, arroz, feijão, acelga, beterraba ralada e banana de sobremesa. No outro, uma feijoada acompanhada de farofa com couve, arroz, alface e tomate e, de sobremesa, laranja.
Esses são os cardápios divulgados pelo site da cidade do Sul de Minas. Por lá, são oferecidas até 1 mil refeições por dia.
Movimento por criação do restaurante popular começou há menos de 1 ano 2a4z70
Desde junho do ano ado, uma mobilização reunindo dezenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais reivindicam a criação do restaurante popular na cidade. O equipamento público já é uma realidade em diversas cidades do país, incluindo municípios vizinhos como Itajubá, Poços de Caldas e Varginha.
A mobilização, inicialmente encabeçada pelos coletivos ‘Casa Bem Viver’ e ‘Da Ponte Pra Cá’ e pelo projeto social ‘Manifesto Sentimento’, defende que o o a alimentação de qualidade e a baixo custo se tornou especialmente importante nos últimos anos, com a explosão de pessoas vivendo na insegurança alimentar.
O movimento adotou diversas estratégias de pressão, com mobilização de rua, articulação política com Câmara Municipal e Prefeitura, um abaixo-assinado que reuniu 4 mil s, além de um movimento beneficente que ou a realizar almoços comunitários para a população pobre no Mosteiro Popular, no bairro São Geraldo.
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