Fundo teria diversas fontes de financiamento e seria alternativa ao reajuste da tarifa que, segundo a Planalto, teria que ar de R$ 3,90 para R$ 8,25, a fim de custear o transporte coletivo em Pouso Alegre nos moldes atuais
A Prefeitura de Pouso Alegre se reúne nesta terça-feira, 29, com representantes da Expresso Planalto para discutir saídas capazes de evitar a paralisação de parte do transporte público no município. A principal sugestão que será levada à mesa pela concessionária é a criação de um fundo municipal para subsidiar a tarifa de ônibus paga pelos pouso-alegrenses.
Na semana ada, a Expresso Planalto anunciou que linhas rurais e sociais, que são deficitárias, seriam paralisadas na cidade a partir do dia 1º de julho. A medida seria uma forma de estancar o prejuízo que a empresa estaria acumulando por conta da redução de ageiros ocasionada pela pandemia. O rombo, ainda de acordo com a empresa, chegaria a R$ 13 milhões.
Em entrevista exclusiva ao R24, após audiência pública na Câmara de Vereadores, Roberto Torres, o diretor de negócios do grupo CSC, proprietário da Planalto, deu indicações gerais de como seria constituído o fundo: “A minha sugestão é que seja criado um fundo municipal de transporte, com diversas fontes alimentadoras, e que a dimensão do transporte se dê em um equilíbrio entre esse fundo e a tarifa paga efetivamente pelo usuário”, explicou.
Confira as entrevistas dadas pelo gestor e pelo vice-prefeito coronel Dimas ao R24:
O subsídio evitaria a paralisação de parte do serviço de transporte público, mas também seria uma alternativa à elevação da tarifa. Segundo a empresa, sem a injeção de recursos por parte do município, a agem teria que custar R$ 8,25, a fim de manter a prestação do serviço nos moldes atuais.
A relação entre o custo operacional da prestação de serviço, a demanda e a margem de lucro da empresa está prevista no contrato assinado entre a empresa e o município em 2019, ao final do processo de concessão. Sempre que há um desequilíbrio financeiro, a tarifa deve ser reajustada. O subsídio entraria como alternativa a este aumento.
Em 2020, já alegando prejuízos por conta da pandemia, a empresa obteve R$ 750 mil de subsídios do município. A verba teria sido a forma de evitar a paralisação do serviço e a demissão de funcionários pela concessionária.
Ao R24, o vice-prefeito coronel Dimas afirmou que o município vem tentando solucionar a equação desde o ano ado. Ele lembrou que a crise no transporte público é um problema nacional que foi agravado pela pandemia. Apesar da expectativa criada para o encontro de hoje, Dimas deu importância relativa à reunião.
“Essa conversa com a empresa Planalto já vem sendo realizada durante todo esse período e, amanhã [hoje], nós vamos sentar novamente para conversar e deliberar algumas decisões junto com o nosso prefeito Rafael Simões (DEM) sobre a atual situação”, disse ao R24.
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