Começa a valer a onda roxa. Veja o que abre e fecha e as principais restrições

Saúde

Começa a valer a onda roxa. Veja o que abre e fecha e as principais restrições

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Pouso Alegre acata 'onda roxa' e entra na fase mais restritiva da pandemia, com comércio fechado e toque de recolher | Foto: R24

Começou a valer nesta quarta-feira (17), em todo o estado de Minas Gerais, a ‘onda roxa’, fase mais restritiva do programa ‘Minas Consciente’. A medida adotada pelo governo Zema (Novo) se dá em meio à pressão crescente sobre o sistema de saúde, colapsado em boa parte das médias e grandes cidades, e vale pelos próximos 15 dias.

Apesar de municípios como Varginha e Guaxupé terem anunciado a não adesão à ‘onda roxa’, o governo de Minas afirma que seguir as regras não é opcional. Dentre as principais restrições, o novo protocolo sanitário prevê o funcionamento apenas de serviços essenciais, a circulação de pessoas somente por questões relacionadas às atividades essenciais e toque de recolher entre as 20h e às 5h.

No horário do toque de recolher, deslocamentos por qualquer outra razão, com exceção aos trabalhadores das atividades autorizadas, deverão ser justificados perante a fiscalização, que terá apoio da Polícia Militar.

As atividades de operacionalização interna dos estabelecimentos comerciais e as atividades comerciais que se realizarem por meio de aplicativos, internet, telefone ou outros instrumentos similares, e de entrega de mercadorias em domicílio ou de retirada em balcão, vedado o consumo no próprio estabelecimento, estão permitidas, desde que respeitados os protocolos sanitários.

Principais restrições da onda roxa

  • Funcionamento apenas de serviços essenciais;
  • Toque de recolher entre 20h e 5h;
  • Proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado;
  • Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares;
  • Existência de barreiras sanitárias de vigilância;
  • Proibição de eventos públicos ou privados;
  • Proibição de reuniões presenciais.

Também ficarão proibidos no estado a realização de jogos de futebol a partir de segunda-feira, 22. A rodada prevista para o próximo fim de semana está mantida. As escolas também não poderão funcionar com aulas presenciais. Também estão proibidos os serviços de turismo e os hotéis só podem atender profissionais da saúde.

Os serviços essenciais estão relacionados na Deliberação nº 130, de 3 de março de 2021, do Comitê Extraordinário Covid-19, que criou a “onda roxa”. Veja quais setores se enquadram:

I – setor de saúde, incluindo unidades hospitalares e de atendimento e consultórios;
II – indústria, logística de montagem e de distribuição, e comércio de fármacos, farmácias, drogarias, óticas, materiais clínicos e hospitalares;
III – hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas, centros de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, lanchonetes, de água mineral e de alimentos para animais;
IV – produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
V – distribuidoras de gás;
VI – oficinas mecânicas, borracharias, autopeças, concessionárias e revendedoras de veículos automotores de qualquer natureza, inclusive as de máquinas agrícolas e afins;
VII – restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;
VIII – agências bancárias e similares;
IX – cadeia industrial de alimentos;
X – agrossilvipastoris e agroindustriais;
XI – telecomunicação, internet, imprensa, tecnologia da informação e processamento de dados, tais como gestão, desenvolvimento, e e manutenção de hardware, software, hospedagem e conectividade;
XII – construção civil;
XIII – setores industriais, desde que relacionados à cadeia produtiva de serviços e produtos essenciais;
XIV – lavanderias;
XV – assistência veterinária e pet shops;
XVI – transporte e entrega de cargas em geral;
XVII – call center;
XVIII – locação de veículos de qualquer natureza, inclusive a de máquinas agrícolas e afins;
XIX – assistência técnica em máquinas, equipamentos, instalações, edificações e atividades correlatas, tais como a de eletricista e bombeiro hidráulico;
XX – controle de pragas e de desinfecção de ambientes;
XXI – atendimento e atuação em emergências ambientais;
XXII – comércio atacadista e varejista de insumos para confecção de equipamentos de proteção individual – EPI e clínico-hospitalares, tais como tecidos, artefatos de tecidos e aviamento;
XXIII – de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas;
XXIV – relacionados à contabilidade;
XXV – serviços domésticos e de cuidadores e terapeutas;
XXVI – hotelaria, hospedagem, pousadas, motéis e congêneres para uso de trabalhadores de serviços essenciais, como residência ou local para isolamento em caso de suspeita ou confirmação de covid-19;
XXVII – atividades de ensino presencial referentes ao último período ou semestre dos cursos da área de saúde;
XXVIII – transporte privado individual de ageiros, solicitado por aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede.

Sanções previstas para quem descumprir as regras

As sanções previstas para os estabelecimentos que forem contra as restrições da ‘onda roxa’ estão de acordo com a Lei 13.317, de 1999, e podem incluir advertência, cancelamento de alvará sanitário e multa, conforme a Deliberação nº 130, de 3 de março de 2021, publicada no Diário Oficial do Estado.

A Lei 13.317 contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais, estabelecendo normas para a promoção e a proteção da saúde no Estado. Ela define a competência do Estado no que se refere ao Sistema Único de Saúde – SUS.

Quem vai fiscalizar?

O comandante-geral da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), coronel Rodrigo Sousa, explicou que caberá à corporação apoiar a fiscalização das posturas municipais.

“Temos protocolos já definidos. O objetivo é fazer com que as pessoas obedeçam e que não seja preciso adotar outras medidas, que podem ser notificação ou multa. No entanto, alguns comportamentos podem incorrer em crimes como resistência, desobediência, desacato e até mesmo a propagação de doença contagiosa. Neste caso, entramos na esfera criminal, o que deve ser tratado pela Justiça”, explicou.

Pouso Alegre

Pouso Alegre inicia vacinação contra a dengue na segunda-feira

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A Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre inicia na próxima segunda-feira (2) a vacinação contra a dengue. A primeira remessa, com 1.780 doses, foi enviada pela Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre e será distribuída em todas as salas de vacina do município.

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Nesta etapa, o público-alvo da campanha são jovens de 10 a 14 anos, faixa etária considerada prioritária pelas autoridades de saúde para a imunização contra a doença. Para receber a vacina, é necessário que o adolescente esteja acompanhado por um adulto responsável. As doses estarão disponíveis em todas as unidades de saúde do município.

Esquema de duas doses

A vacina contra a dengue será aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A expectativa da Prefeitura é de que novas remessas sejam enviadas gradativamente, ampliando a cobertura vacinal no município.

Em 2024, o Ministério da Saúde enviou 6,5 milhões de doses aos estados e municípios, mas apenas 3,3 milhões foram aplicadas. A situação é ainda mais preocupante entre os adolescentes: aproximadamente 1,3 milhão de jovens que iniciaram o esquema vacinal não retornaram para a segunda dose, o que compromete a eficácia da imunização.

Para enfrentar esse cenário, a orientação do Ministério é que estados e municípios intensifiquem estratégias de busca ativa, identificando e mobilizando aqueles que ainda não completaram o esquema vacinal.

“A chegada da vacina representa um avanço importante no combate à dengue, especialmente para proteger nossos adolescentes, que estão entre os grupos mais vulneráveis. Contamos com a participação das famílias para garantir que todos nessa faixa etária sejam imunizados”, destacou a Secretária Municipal de Saúde, Mônica Maria.

Em 2024, a vacina da dengue foi incorporada ao SUS para o público de 10 a 14 anos que reside em localidades prioritárias, conforme critérios definidos pelo cenário epidemiológico da doença. O Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal, com início da vacinação em fevereiro em 315 municípios — número que atualmente chega a 1.921 cidades.

A população pode procurar a sala de vacinação mais próxima para mais informações e atualização da caderneta vacinal.

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Pouso Alegre

Pouso Alegre começa a usar drones para combater dengue em áreas de risco

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Imagens: divulgação/Ascom/PMPA

Drones serão utilizados para monitoramento e aplicação de larvicidas nos criadouros de mosquito. Ação terá início por 17 bairros prioritários com maior índice de infestação

A Prefeitura de Pouso Alegre já começou a utilizar drones para identificar e eliminar focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A tecnologia, que já havia sido anunciada pelo município em janeiro, será usada inicialmente em 17 bairros com alto índice de infestação, agilizando o mapeamento e a aplicação de larvicidas em locais de difícil o.

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A medida surge após um aumento expressivo de casos na cidade: em 2024, foram registrados 17,4 mil casos suspeitos de arboviroses, com 11,4 mil confirmações de dengue. Os drones, que serão fornecidos e operados por uma empresa contratada sob a supervisão de um servidor da Prefeitura, vão complementar as ações já realizadas pelos agentes de endemias, como visitas domiciliares, fumacê e campanhas educativas.

Como funcionam os drones?

Equipados com câmeras georreferenciadas, os aparelhos identificam criadouros em telhados, terrenos baldios e áreas abandonadas. Em seguida, lançam larvicidas diretamente nos focos, reduzindo a necessidade de intervenção manual. Os dados coletados serão usados para direcionar as equipes de saúde com maior precisão.

Bairros prioritários

As primeiras áreas atendidas incluem 17 bairros: Francisco Pereira de Freitas, São Geraldo, Aristeu Costa Rios, Vila Costa Rios, Vila Dom Nery, Maria Guimarães Franco, Jardim Paraíso, Jardim Aureliano, Vila Ema, Foch, Jardim Olímpico, São Carlos, Recanto das Rosas, Francisca Augusta Rios (Árvore Grande), Jardim Mariosa, Santa Marta e Shangrila. A escolha das localidades foi baseada em levantamentos epidemiológicos que apontaram essas regiões como as mais críticas.

População ainda é peça-chave

Apesar da inovação, a Prefeitura reforça que a participação dos moradores é essencial. Evitar água parada, receber os agentes de endemias e denunciar terrenos abandonados – via site da prefeitura – continuam sendo medidas fundamentais.

Segundo o município, a iniciativa segue uma resolução do governo estadual e coloca Pouso Alegre entre as cidades que usam tecnologia de ponta no combate às arboviroses. A expectativa é reduzir surtos e prevenir novas epidemias.

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Política

Fila de espera na Saúde será divulgada em listagem pública em Pouso Alegre

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A Câmara Municipal de Pouso Alegre aprovou um projeto de lei que obriga a divulgação das filas de espera por consultas, exames e cirurgias na rede pública de saúde. A proposta, de autoria dos vereadores Leandro Morais (União), Israel Russo (União) e Delegado Renato Gavião (PSDB), foi aprovada por unanimidade, em primeira votação, na noite desta terça, 27. Ela ainda deve ar por uma segunda votação no plenário antes de ir à sanção da Prefeitura.

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Transparência na saúde

A lei determina que as listagens sejam disponibilizadas no site oficial do município, com informações como número do protocolo, data de solicitação, tipo de atendimento e situação do paciente. Para proteger a privacidade, serão divulgadas apenas as letras iniciais do nome e sobrenome dos pacientes e a respectiva data de nascimento.

Segundo a justificativa do projeto, a medida visa “estabelecer mecanismos que facilitem o monitoramento das filas de espera para consultas, exames e cirurgias pelos cidadãos que aguardam atendimento”, além de prover tratamento adequado e ‘no tempo certo’  conforme previsto na Constituição Federal. A iniciativa também busca evitar desvios na ordem cronológica de atendimento.

Prioridade para casos graves

Pacientes em estado clínico grave poderão ter prioridade, desde que comprovado por laudo médico ou decisão judicial. No entanto, a inscrição na lista não garante indenização se o procedimento não for realizado dentro do prazo esperado.

O sistema seguirá as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e poderá contar com parcerias de universidades e entidades privadas para seu desenvolvimento.

Emenda governista inclui prestadores de serviço na lista pública

Inicialmente, a proposta previa uma lista pública para a fila de pacientes no âmbito da saúde pública municipal. Mas uma emenda apresentada pela base governista incluiu todos os prestadores de serviços do SUS que atuam no município, como é o caso, por exemplo, do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) e de consórcios de saúde como o Cisamesp e CISLAGOS.

Próximos os

A lei entra em vigor após sua publicação, e as despesas serão custeadas pelo orçamento municipal. A população poderá acompanhar as filas de espera em tempo real, aumentando a transparência na gestão da saúde pública.

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