Como o R24 adiantou, a Prefeitura de Pouso Alegre oficializou nesta quarta-feira, 20, a saída de Sílvia Regina da Secretaria de Saúde. A pasta foi assumida por Rosaly Esther Vilas Boas Mattozo, ex-secretária de Saúde de Borda da Mata e esposa do ex-vice-prefeito de Pouso Alegre Mário Lúcio Mattozo.
Rosaly Esther foi nomeada Superintendente de Relações Institucionais pelo prefeito Cel Dimas (PSDB) no final de novembro e assumiu como secretária interina de Saúde em 4 de dezembro. E, ontem, 20 de dezembro, foi oficialmente nomeada Secretária Municipal de Saúde. A portaria foi publicada nesta quinta no Diário dos Municípios Mineiros.
A foto oficial de Rosaly já consta na galeria da equipe de governo, no site oficial do município.
Rosaly é natural de Inconfidentes (MG). Formada pela Universidade são Francisco, tem especialização em Psicologia infantil, clínica, escolar e hospitalar. Também possui conhecimento em gestão de saúde pública e privada.
No tempo em que era se esposo ocupou o cargo de vice-prefeito, ela chegou a atuar na Secretaria Municipal de Saúde de forma voluntária. Em 2017, ela recebeu o título de cidadã honorária de Pouso Alegre, entregue pela Câmara Municipal.
Do reconhecimento à fritura
A saída de Sílvia Regina marca o fim de uma era na Prefeitura de Pouso Alegre. Ela era a última remanescente dos secretários que estão no executivo municipal desde o 1° mandato do ex-prefeito e deputado federal Rafael Simões (União).
Reconhecidamente dedicada à pasta, ela se manteve firme no posto durante a pandemia de Covid-19 e conquistou o respeito de todos pelo bom desempenho na secretaria que conta com o maior orçamento e enfrenta os maiores desafios do município.
Desde que Rafael Simões e Cel. Dimas se tornaram adversários, porém, ela, como fiel escudeira do ex-prefeito, ou a ter seu posto questionado.
Nos bastidores, todos se perguntavam o motivo de uma aliada de primeira hora de Simões permanecer em uma das principais pastas da istração. Cozinhada em fogo brando nos últimos meses, ela deixa a pasta depois de quase oito anos no comando.
Processo por desvios no HCSL
Como aliada de Rafael Simões, desde a antes de o político assumir a prefeitura de Pouso Alegre, Sílvia teve seu nome envolvido no rumoroso caso de desvios de insumos no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), ocasião em que ela era diretora do hospital e o ex-prefeito presidente da FUVS, mantenedora da unidade de saúde.
O Ministério Público Federal acusou Simões e Sílvia Regina de desviarem medicamentos, seringas e outros insumos em proveito do político em ao menos cinco oportunidades, entre os anos de 2014 e 2017.
Em novembro de 2021, a Justiça Federal condenou ambos e a então coordenadora de compras da instituição, Renata Lúcia Guimarães Risso, a 10 anos de prisão por desvio e peculato. Os três recorrem da sentença em liberdade.
Mesmo com o escândalo que teve início durante uma sindicância realizada na FUVS, em 2017, a popularidade do ex-prefeito em Pouso Alegre não chegou a ser abalada. Em 2020, ele seria reeleito prefeito da cidade com nada menos que 79,5% dos votos. Dois anos depois, ele se tornaria deputado federal com 144,9 mil votos, sendo que 46,8 mil foram obtidos em Pouso Alegre.
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